quinta-feira, 27 de novembro de 2014

RESENHA AULA 27/11/14

Se não fossem as ameaças meteorológicas que são Pedro nos desferiu, a aula dessa quinta não teria tido tanta emoção. Com nuvens carregadas de um lado e Céu aberto de outro, ficamos pensando se o objetivo disso tudo não era saber quem queria MUITO mesmo patinar. O que os Céus descobriram é que nossa turma é DEMAIS e tem raça para o patins! Mais do que comparecimento 100% dos alunos, ainda tivemos Daisy e Altair, que foram patinar com a gente no final. Nossa aula teve duas revelações importantíssimas e teve direito a pré resenha no Rancho do Boi com Graciela e Regina.

GRACIELA veio ter sua primeira aula desde N.Y. Gente xique se acostuma rápido ao luxo e sua musculatura estava toda adaptada para aquela pista de gelo maravilhosa. Com isso, levamos um tempo para nos aquecer. Mesmo assim, sem choro nem vela, já entramos para o circuito pesado para acordar de vez os corpos. Subindo escada com desenvoltura que deixa os passantes de boca aberta, Graciela deu um show. Lá em cima, naquele lugar super perigoso, Graciela se estabilizou sem dificuldade, e eu acho isso um mérito que poucos sabem medir. Imaginem que naquele lugar no topo da escada, qualquer lado é perigoso! Para um lado uma descida forte que leva ao gramado e vai parar na lagoa. Por outro tem uma escadaria grande, e no terceiro tem a própria descida da rua que desemboca no morro da Av. Prudente de Morais. Se eu estivesse iniciando na patinação, ia temer isso tudo. Mas Graciela não se importa, já domina as pisadas de apoio fixo. Com o chão um pouco úmido da chuva de mais cedo, tivemos que ter bastante cuidado, mas fizemos tudo o que tivemos que fazer. Graciela não se cansa mais em uma aula só (isso é MUITO BOM!). Subimos, descemos e demos volta. Na descida do Platô melhoramos o encaixe da curva de alto desempenho e não tivemos dificuldade. Na subida dos pinheiros ela patinou com a pisada na faixa branca e também não encontrou dificuldades. Na descida ela dá um Show!!! O encaixe frontal da Graciela é bom e eficiente. Descidas não são um desafio técnico para ela. Partimos para a frenagem da vassoura. Nosso objetivo é abandonar a meia lua sempre que for necessário frear sem espaço para rodar. Show outra vez! Por fim desafiei Graciela a participar do Massa Crítica e ela TOPOU! Janeiro que nos aguarde!

Na volta LUISA estava esperando a gente de castigo. Insegura, não quis colocar o patins antes de eu chegar. Fez uma manha para levantar sozinha e assustou quando disse que ela tinha que andar sem minha intervenção por alguns metros para eu ver como estava sua patinação. Esse estardalhaço todo para ela sair andando bonitinho assim que começou a patinar. Na hora vi que ela patinou na infância e que trazia memória disso. Luisa desequilibrava aqui e ali, mas chegou tranquila até o ponto de início. Rapidamente ela foi pegando o jeito e se lembrando de sua patinação de infância. Pela falta de força, tínhamos dificuldade de sustentar o corpo no desequilíbrio, e em manobras mais radicais Luisa preferia assentar-se no chão. Por fim, ela estava tão mole que conseguiu sujar até o pescoço com a poeira do chão. Teve uma hora que ela caiu em câmera lenta e segurando a minha mão... Deitou de barriga para baixo no chão. Ri muito. Essa menina vai arrasar por que tem todo o jeito, mas terá que enfrentar medos e colocar os músculos para fortalecerem-se.

E nossa DIVA MIRIM, a MARIANA, estava calçando seu patins toda empolgada. Com apenas 9 anos de idade, nossa mascote destemida não se intimida. No começo da aula, no momento de reconhecimento dos traços motores, essa menina saiu andando feito uma espoleta. Na análise inicial, o esperado: crianças, quando aprendem a patinar de maneira intuitiva, usam os braços no plano do ombro, investem pouco no rolar do patins e têm sempre as pernas afastadas. Se a forma como Mariana chego não me surpreendeu, sua transformação nos primeiros cinco minutos me deixou de queixo caído! Essa menina simplesmente deixou aparecer uma Diva que Deus sabe como cabia em seu corpinho diminuto. Compreendendo a importância di aspecto estético da patinação e tomando para si a responsabilidade de se vigiar, Mariana não precisou de ter sua atenção chamada aos ombros, peito e mãos na cintura. Cuidamos exclusivamente de alinhar as passadas, fortalecer as alavancas de tornozelo e conhecer os limites de pendulação... Bem, isso foi o objetivo da aula. Mas, para muito além dele, essa menina que não se cansa e que me deu uma surra, resolveu topar TODOS os desafios... E então... 😘😘😘😘😘 um colar de beijos no ombro para vocês!! Ela saiu da aula fazendo sprint e meia lua!!!

E então me chega POLLYANNA!!! Gente, preparem-se para a grande reelação: 😘😘😘😘😘 Pollyanna foi a primeira aluna do ano a SOLTAR AS MÃOS da cintura!!! Gente, vamos fazer um baile de debutante para ela!!  👏👏👏👏👏. Animadíssima e muito corajosa, Polyanna não rejeita nenhum desafio, embora seu medo tenha a medida necessária para nutrir o respeito pelo perigo. Subindo escada já no começo da aula, ela  não teve pestanejo. Na descida do morrão ela se segurou em cima dos pés e não arregou com a alta velocidade. Depois de meia volta na barragem resolvemos enfrentar um desafio... OS BRAÇOS!! 😱💪 Sim! Soltá-los pode ser o desejo de muitos, mas serão o pesadelos daqueles que não o fazem bem. Mas isso não é um problema para Polyanna!! Ela é super poderosa! Soltou as mãoa e aprendeu a diferença entre rotação transversa e rotação coerente. Ela viu que, por questões de conforto e de segurança, utilizamos os
Braços  para balancear a patinação nas subidas (rotação transversa) ou para distribuir a nossa carga em um pé só na descida sem fazer esforço (rotação coerente). Demorou um pouco até ela pegar tudo. Até tivemos que ir parar na grama. Mas foi show. Antes de encerrar ela deu um show com a vassoura que deixou as dançarinas do Molejo desconcertadas.

Daisy apareceu animada! Altair já estava rodeando a pista também. Mas, não sei se por que estavam muito boas as companhias ou se era mesmo hora de debandar, quem se aproximou também foi uma grande nuvem de chuva cheia se amor para dar. Da primeira gota à chuva torrencial foram-se dois minutos, e tive que me desequipar dentro do carro.

Saindo de lá, fugidos da chuva, mas muito animados para ir para casa, fomos à pre resenha: Graciela, Regina e o professor, que conversaram fiado até altas horas. Daisy não se juntou à gente por que já tinha compromisso, mas nos divertimos todos.

Com mais uma quinta que chegou chegando e saiu chovendo, reforço minha crença de que o patins é COISA LINDA e que sua prática só trás coisa boa. Obrigado a todos pela presença e ao Altair pela boa vontade... Boa vontade que a chuva levou.

Patrick Bonnereau
Instrutor de Patinação
#VamosPatinarJuntos
bhroller


quinta-feira, 20 de novembro de 2014

RESENHA AULA 20/11/14

Quinta é dia de enfrentar os medos com muita aventura, e tenho certeza de que a aula de hoje transformou nossas alunas um pouco. THAIS, MIRELLA e CAROL me divertiram mais do que conseguiram divertir a si mesmas, e a quinta ainda teve direito a espezinho de queijo com muito recalque da viagem de Graciela a N.Y.

Depois de se perder para chegar até a barragem, THAIS chegou se equipando. Ela diz que tem muito medo de cair e se machucar, mas durante a aula toda, faz tudo o que eu peço, e faz com perfeição… Isso me lembra Ana Cláudia, que faz tudo o que eu mando tremendo, fazendo biquinho, ficando vermelha mas sem errar, hahahaha. Thais tem força, é leve e tem boa postura. Seu medo frequentemente a impede de fazer coisas que ela não sabe que sabe. Aprendendo a rotacionar os quadris na hora de trocar de carga, Thais fez enorme progresso na patinação para frente, abandonando a patinação mancando que desenvolvia antes de chegar. Só isso já foi um grande feito. Mas ela não parou por aí. Resolvemos trabalhar curvas de alto desempenho e ela trouxe o velho vício da perna de dentro recolhida, o que é um perigo para pavimentos imprevisíveis como os de BH. Com um ou dois toques, ela finalmente entendeu e começou a aplicar. Em poucos minutos já estava fazendo curvas sozinha, mas tinha que pensar para entrar no eixo. No final da aula uma coisa engraçada: Thaís estava muito cansada e amedrontada no final da aula e faltava um pequeno movimento para fecharmos o desenho da patinação dela… só a passagem dos calcanhares, simples assim. De repente ela foi tomada por um medão e queria por que queria pular a manobra. Irredutível, assegurei que ela não corria risco e frisei que sem aquele passo, a aula teria se perdido, já que todos os exercícios anteriores eram exatamente a preparação para aquele momento. Ela esperneou, reclamou, pediu para não fazer e nada adiantou. Aí a danada vai tentar e CONSEGUE DE PRIMEIRA! Faz uma passada estabilizada, com os pés trocando de posição, tronco estável, cabeça erguida e pouco balanço!!! Gente, essas coisas a gente tem que filmar, não tem jeito!!! Vou ter que arranjar uma GoPro para filmar essas coisas, senão vão achar que estou inventando as resenhas, hahaha.

GRACIELA não pode comparecer à aula por que teve que substituir um outro médico no plantão. Ela, a DIVA que estava em Nova Yorque, foi lá assim mesmo, na véspera do horário das meninas MIRELLA E CAROL, só para me deixar com água na boca com uma caixinha de M&M e as fotos de uma pista de patinação MONSTRA em que ela andou quando estava no Central Park!! Gra é muito xique, e fiquei mega feliz com a visita!

MIRELLA e CAROL chegaram enquanto eu conversava com GRACIELA, e também estavam perdidas. Elas se equiparam rapidinho e só do jeito da Carol se levantar eu percebi que tinha tomado algum suquinho Gammy. Não tem base a Carol. A aula da Mirella aconteceu primeiro, e Carol observou tudo com atenção. Mirella já anda com desenvoltura, mas ainda está adaptando ao seu patins. Em poucos segundos desenvolve grandes velocidades, mas acaba tendo pequenos desequilíbrios que a levariam a uma queda se eu não tivesse a mão nos braços dela. Como isso é muito importante, foi a primeira coisa de que tratamos. Muita pendulação, firmeza nas pernas e exercícios de rotação de quadris foram dando a ela ferramentas para melhorar sua troca de pés. Mirella tem medo, mas faz tudo também, e começamos a investir no reboque. Fiz o maior teatro para passar o exercício do zigue e zangue da perna de sapo. Quando ela foi fazer, saiu como se já tivesse treinado muito. Para parar de pendular feito criança, Mirella começou a observar o desenho de seus patins no chão. Ela foi percebendo que um bom traçado leva a uma boa patinação. Ao final da aula ela já estava patinando MUITO BEM e fomos ao sprint… tardinha… Com puxões vigorosos, mudanças de direção sem aviso e frenagens com giro, Mirella aguentou firme, caindo duas vezes apenas, mas em segurança, bem apoiada e apenas apoiando o joelho no chão. Cansada, mas com um sorriso no rosto, Mirella terminou a aula com uma pisada firme, patinação de Diva e muito caminho pela frente! Show!

CAROL só faltou pular no meio da aula da Mirella, tamanha a sua empolgação. Eu sou a pessoa mais empolgada com patins da América Latina, mas Carol ameaçou raspar no meu camarote. Determinada, atenta, disciplinada e obediente, ela não deixou sua empolgação atrapalhar a sintonia da aula. Ao contrário, punha gás em tudo o que eu propunha, aceitou todos os desafios e fez tudo com eficiência. Não ter medo de cair é uma excelente ajuda, quando o limite é o respeito pelo perigo. Carol está buscando esse ponto, mas na aula de ontem ela não conseguiu segurar.  Já começamos a aula subindo uma super escadaria sem corrimão. Lá de cima víamos que os capoeiristas ocupavam parte do pavimento lá em baixo, o que exigiria mais de nossa descida. Passamos obstáculos, acertamos a sustentação em uma perna só e fomos para o controle de velocidade. Lá no platô dos fundos da barragem fomos enfrentar velocidades maiores para desenvolver estratégias seguras para lidar com ela. Carol não só não tinha medo como sempre queria mais. Para contornar um rastro de água deixado de fora-a-fora partindo o platô ao meio, tivemos que subir outra escada. Na hora de descer, Carol já ficou doida querendo aprender também. Lá em baixo, tivemos que fazer o apoio assimétrico para passar naquelas valas que a Barragem tem. Sensacional a coragem e a firmeza dela! Passamos várias vezes. Na subida, que começou um pouco balançada demais, Carol encontrou o eixo e se endireitou, pisando sempre na faixa branca: "patins é CONTROLE!". Desceu o morro com o encaixe frontal que aprendeu muito rápido e, para humilhar, ainda aprendeu a frenagem da vassoura, que é interessante para baixas velocidades e curto espaço. Na volta  Carol descobriu o apoio preguiçoso e elegante em que se rotaciona o quadril para deixar o patins fluir com um pé só. Quando nos juntamos a Mirella e ao namorado, ambos de patins perambulando, aí foi a festa... Carol querendo treinar o que aprendeu, tombo atrás de tombo, e Mirella com as pernas bambas de tanto rir. Ficamos mais de meia hora conversando e assistindo a empolgação da menina.

Para finalizar, espetinho de queijo no Boi Prudente com Graciela e Regina, mas sem patins. Soubemos mais da viagem da Graciela e ficamos nos escondendo do garçom que disse que ia contar para o personal da Regina que ela estava comendo churrasco, hahahaha.

Obrigado a todos pela presença! Mais uma quinta deliciosa em boa companhia! E que venha o final de semana com muito patins!! ❤️

Patrick Bonnereau
Instrutor de Patinação
#VamosPatinarJuntos
bhroller

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

RESENHA AULA 19/11/14

APAIXONADO pela quarta de manhã vendo um dia lindo de Sol amanhecer em um cartão postal de BH, que é a Igrejinha da Pampulha. E como se a paisagem bucólica não bastasse, ainda com patins no pé e excelente companhia. Com protetor Solar , bastante hidratação e muita alegria, uma manhã dessas só pode fazer muito bem ao corpo e à mente, e tenho certeza de que JANAINA, TIA SELME e IRACEMA concordam comigo!

Em sua primeira aula, JANAINA estava nervosa. Chegamos às 7h da manhã para ter aula, mas o Mineirão não tinha aberto ainda. Descemos para a Igrejinha e acho que foi a melhor coisa que fizemos. Jana nunca tinha andado de patins na infância, e aí já sabemos… Um monte de dificuldades, medo de se machucar e nenhuma memória motora da patinação. Mas Janaina é INCRIVELMENTE forte. Fiquei impressionado com isso. Todo recrutamento de força que eu fazia era respondido de pronto, e ela fez a aula inteira sem se cansar!! No começo da aula já tivemos que ir do estacionamento do Guanabara até a Igrejinha, e tenho certeza de que foi uma aventura, por que aquela ciclovia com carros passando em alta velocidade a 40cm da gente estava nos deixando tensos. Praticamente arrastada pelo braço, Jana chega à igreja e começamos os trabalhos. Acreditem: Janaina não vai levar nem três encontros para sair fazendo coisas por aí com o patins. Em minutos de aula, com um toque ou outro, Jana deu um show de força e persistência, e já foi logo entendendo o pêndulo. Cada ida e volta pela rua da Igreja era um novo entendimento e uma nova habilidade, e com concentração ela já ensaiava patinar de um pé só. Sem medo e com semblante de felicidade, Jana abriu a manhã com estilo e promessa! Mais uma Diva para nossa tropa de elite!

TIA SELME chega antes, como sempre, e vem com a sacolinha vermelha dela. É sempre alegria passear com ela, e antes do final da aula da Jana lá estava ela se equipando. Fui buscar as coisas da Jana no carro e, na volta, Tia Selme já estava equipada até os dentes, com fraldão, joelheira, cotoveleira, capacete e munhequeira. Já até tinha tomado um tombo tentando desagarrar da vala do meio fio! Mas Tia Selme não tem mais aquele medo de cair. E vai gostar de um meio fio assim… Acho que foi de tanto a mãe dela falar na infância: “Sai desse meio fio, menina, que coisa feia!”. Nossa aula foi um passeio de final de semana em plena quarta feira. Não consegui deixar de pensar que é maravilhoso tudo isso! Patinando com muita desenvoltura, Tia Selme rende muito mais em sua patinação agora. Contornando a Lagoa, fizemos um percurso de cerca de 2km até a entrada do parque da lagoa, e ainda pedimos água de coco por lá. O coco tinha tanta água que depois eu desconfiei que o cara tinha colocado água mineral. Batendo papo, tomando Sol e água de coco descansamos um pouco para voltar. Tia Selme não precisa mais de mim para passear por aí, mas prefere uma companhia em seus passeios. Perfeccionistas demais, fomos corrigindo coisas aqui e ali na sua patinação, como o giro de quadril para depósito de carga em uma perna (o que foi muito útil para ela) e a simetria entre as passadas (Tia Selme tem mais facilidade de ficar sobre a perna direita por que sua pisada esquerda é ligeiramente pronada). Nos entretemos tanto no passeio que SUPER ATRASAMOS. Espero que Iracema nos perdoe.

E por falar em IRACEMA, essa adolescente com marido e filhos, tenho que dizer que ela é paciente e persistente, por que nos esperou durante o atraso que foi muito e tinha sorriso no rosto quando cheguei. Obrigado pela compreensão, Iracema! Já cheguei para me chocar com ela, que já quis me mostrar o que tinha aprendido sozinha! Meia Lua, minha gente, Meia Lua! SO-ZI-NHA! Como assim?! Pois é! Iracema, aquela menina que não parava em pé nos patins, que deixava as pernas irem se abrindo e da-lhe Patrick segurando seu braço… Mas ela aprendeu tudo sozinha, em seus sonhos, já que nem esteve andando ultimamente. É claro que sua meia lua estava primitiva ainda, já que ela ainda não entendia a questão da troca de carga para fechar o círculo. Além disso, seu pé esquerdo estava ficando pra trás perigosamente. Antes de abordar a meia lua, fomos então trabalhar a curva de alto desempenho para aprendermos a trocar a carga do pé, e depois a parada da vassoura, com o pé atrás arrastando. Iracema gastou umas 6 tentativas e depois se achou na manobra. A parada da vassoura é de EXTREMA utilidade para controle de velocidade em pequenos espaços onde tem gente. É o jeito de parar com menos alarde e mais elegância. Iracema deu um show e já passamos para a manobra seguinte. Dezenas de turistas acompanharam os nossos trabalhos, e aposto que quiseram estar lá de patins também. Engraçado mesmo são os tombos de Iracema. Ela vai feito um gato, se ajeitando no meio do caminho. Com muita força nas pernas e ombros, essa menina cai e levanta sem por a mão no chão! Fiquei impressionado vendo sua desenvoltura, e fiquei muito orgulhoso! 

Meninas, obrigado por participar da minha manhã encantada banhada de Sol e paisagem!

Patrick Bonnereau
Instrutor de Patinação
#VamosPatinarJuntos
bhroller

domingo, 16 de novembro de 2014

RESENHA AULA 16/11/14

É sempre fantástico começar um domingo de Sol e Céu azul patinando. Mais divertido ainda quando fico sabendo que minha aluna recebeu uma cantada de uma senhora de 70 anos às 7:40 da manhã! Isso é vida, gente! Hahaha

Como sempre, e para não perder o costume, nossa zeladora, a HELENA, já esperava pela aula equipada e animada. Gente que tem bom humor de manhã é outra coisa, né? Essa moça, que no início do processo precisava de ajuda para ficar de pé, agora já está querendo fazer estrepolias! Já no começo da aula patinando com firmeza mesmo naquele pavimento da Praça JK que é danado de rugoso. Aliás, acabamos diagnosticando que as rodinhas e os rolamentos de Helena não lhe serviam mais à altura de sua patinação. Depois de uma breve aquecida, descemos direto para o asfalto, que tem pavimento melhor e é mais divertido. Helena não só não tem mais medo do reboque frontal em uma descidona como também praticamente não precisou de mim! Patinando na rua fechada, Helena se esforçava para encontrar um padrão de pendulação mais econômico, por que já estava cansando rápido de tanto fazer força. E Eis que ela encontra!!!!!!! Helena, de um certo ponto da subida adiante, simplesmente BRILHOU! Uma moça que passava correndo teve que fazer um comentário que adorei: “nossa, adorei a dança”. “A DANÇA”, gente! Olha que lindo o resultado de procurarmos trabalhar a postura!!! Veja como a patinação da Helena foi percebida por alguém de fora! Isso e LINDO DE VIVER!! Ainda precisamos trabalhar a patinação de alta eficiência, mas o fato é que ela conseguiu encontrar um jeito de patinar sem cansar. E foi tão bacana que pudemos ir MUITO LONGE patinando, já que ela não se cansava com facilidade, e pudemos ensaiar uns boliches com aquele povo todo que fica no nosso caminho e brota sei-lá-de-onde. Helena também tem curvas muito bem armadas, e pudemos descer sem problemas! Essa menina fitness está me deixando orgulhoso!!!! E, por falar em Fitness, ela ainda saiu da aula e foi fazer atividades físicas com o grupo dela, vê se pode?! Na próxima vamos dar um jeito de apertar mais e ver se ainda vai sobrar energia para mais alguma coisa… (brincadeirinha, rs)

Antes de nossa aula terminar Ana já estava rodeando a praça. Assentadinha na bancada, eu a vi de costas e já comecei a rir. Fiquei rindo de imaginar o que é que eu ia fazer com ela. Depois de cada eula eu me pergunto se ela vai ter coragem de voltar… E já faz meses que ela volta, rs. Ana já sabe as técnicas e faz os movimentos com perfeição. Seu traçado é bom e sua pisada simétrica… Mas ela está num medo que só vendo. E é com o medo dela que a gente zoa, e eu fico a aula inteira rindo. Começamos com um reboque brusco e lá vai Ana para o chão, já rindo. Ana usa uma bermuda de espuma, joelheira e cotoveleira. Toda equipada, Ana não se importa de cair tentando, e nunca se machuca quando cai. Rebocada morro abaixo e rápido, ana já começou a tremer. Firme e com uma boa base no patins, ela custa a acreditar na própria capacidade. Fizemos curvas na descida e ela respondia com perfeição, mas cumpria o trecho todo dizendo que ia cair e que não ia dar conta, hahahaha. Eu devia gravar isso e dar play para ela quando chegasse lá em baixo. Depois ela patina lindamente entre os pedestres na rua fechada, com desenvoltura e velocidade razoáveis. Ana já patina com potência e até subiu o morro sem queixa. Engraçada é a cara que ela faz quando aparece alguém no caminho ou um obstáculo: “Patrick, Patrick, o buraco, Patrick… Patrick… PATRICK!” hahahahaha. Ela range os dentes, faz cara de concentrada e fica com o nariz vermelho, HAHAHAHAHAHA. Gente, não consigo parar de rir, hahahahaha. Ela treme toda, fala que não vai fazer, mas faz tudo com perfeição. Na descida, outra revelação. Ana, bem mais segura, fez o encaixe frontal e desceu o morro com velocidade controlada. ABSURDAMENTE mais forte e resistente graças ao patins, Ana faz nossos trajetos sem se cansar e está com muito mais potência nos movimentos. Na hora de se levantar, tem força nas pernas que não tinha antes e, nas alavancas do reboque, tem muito mais firmeza. Na hora de desequipar para ir embora, Ana fez uma bateria de curvas fechadas comigo, para fechar a aula com o que começamos fazendo. Ana deu o SHOW de troca de lado da curva e ainda tirou onda. Já disse que o próximo choque vai ser a Massa Crítica.

Final da aula da Aana e ANA PAULA já estava chegando com o patins, a amiga com o marido e amigos. Adoro gente que leva caravana. Animadas, as meninas estavam doidas para patinar. Não trabalho mais com aulas em grupo e nem dupla por que a experiência me ensinou que as pessoas, por mais intimidade e afinidade que tenham, terão quase sempre caminhos diferentes para aprender. Ana Paula custou a se levantar do banco. Pedi que patinasse sozinha por um tempo e ela custou a desenvolver uns três metros. Isso deveria estar filmado, por que ninguém ia acreditar na evolução! Se Ju estivesse lá, diria: "ah, se mamãe me visse...". Fomos para a grama e ela pode se sentir mais à vontade por que na grama o patins não desliza. Impressionante o controle de quadril e tronco que ela apresentou logo de chegada. Na saída, só de pisar no chão, já vimos progresso!! Na patinação Ana Paula parecia uma DIVA no final. Aprendeu a empinar o peito e andar olhando para frente! No reboque, teve apoio firme e até curvas ela fez!! 😱! Como assim?!! Muito bom!

Enquanto isso, CAROL, que dividiu a  aula com Ana Paula, mostrou que todas as crianças deveriam calçar patins na infância. Isso por que levou alguns minutos para se encontrar no patins novo e, praticamente sem intervenções, teve sua patinação evoluindo rapidamente em apenas uma hora. Impressionante ver como funciona nossa memória motora. Verdade que, com a facilidade de se lembrar dos eixos e alavancas, vem também a facilidade de se lembrar dos vícios, e Carol ainda precisava trabalhar isso. Vimos que crianças em geral não têm muita consciência corporal, e acabam  patinando sem se preocupar muito com a estética da patinação. Carol, que não é boba, pegou rapidinho o espírito e em pouco tempo estava aprendendo a endireitar a Meia Lua (que já trouxe da infância), fazer curvas com mais solidez e até resistir aos puxões do sprint com bravura. Mais uma companheira para os nossos streets muito em breve.

THAÍS chegou tímida e foi assentar-se no santinho. Chamamos ela para se juntar à Caravana da Ana Paula batemos um bom papo enquanto ela se equipava. Carol até aproveitou para experimentar o Twister, que colocou em um pé só para sentir os dois patins ao mesmo tempo. Fica sempre a confirmação de que a engenharia do patins é MUITO relevante na construção da experiência de patinar. Thaís também já anda, e também tinha vícios. Com dois minutos de aula ela se convenceu da importância da postura e passou alguns minutos “desaprendendo” para acertar a estética de sua patinação. Com bastante medo e cuidado, Thaís é mais uma daquelas que pode muito mais do que acha que pode, e nosso trabalho será mais no sentido de destrancar o potencial do que propriamente amplia-lo. Ela responde bem ao reboque, patina bem para frente, se vira nas curvas e já esboça a meia lua. Treinamos bastante a pendurarão por que, assim como a maioria, Thaís tende a patinar pisando muito longe do centro de massa, e isso faz a patinação ficar exaustiva, além de estressar a lombar. Seguindo no meio dos pedestres, Thaís foi patinando feito diva, estendendo a permanência em um pé só e compreendendo a importância do giro de quadril para redistribuir a massa sem forçar a coluna. Na subida, mostrou tranquilidade, e na descida ainda ensaiou o encaixe frontal. Na volta assistimos um senhor de bicicleta enfiar a roda num bueiro afundado e ir de cabeça no chão em uma cambalhota espetacular. Paramos para acudi-lo (!). Seguindo, aprendemos a tornar nosso deslizamento mais seguro trazendo o apoio para uma perna só, deixando a outra pronta para emergências de pavimento ou de circunstância. Thaís se mostrou incrivelmente preparada e adaptada fisicamente, já que não oferece encurtamentos ou rigidez articular que prejudique o trabalho com as diversas dinâmicas do patins. Para terminar, fizemos uma série de meias luas para achar o ponto de troca de carga, e Thaís brilhou, embora já estivesse amolecendo pelo cansaço físico e mais o Sol na cabeça.

Praça JK não oferece banheiro nem sombra, mas é um lugar bonito, com gente bonita e traz muitos obstáculos do dia a dia para treinarmos com segurança. Fiquei muito feliz do desempenho das meninas e senti, mais uma vez, que precisamos andar todos juntos um dia. Vamos nos esforçar para participar das aulas dos coleguinhas, isso vai fazer bem para a patinação de todo mundo.

Obrigado pela companhia em mais um domingo de Sol COM protetor Solar! Vocês fazem muito bem à minha Saúde!
Patrick Bonnereau
Instrutor de Patinação
#VamosPatinarJuntos
bhroller

domingo, 9 de novembro de 2014

RESENHA AULA 08 E 09/11


Dois dias de Sol e uma overdose de patins! Depois de 10 aulas de patins em um final de semana, a resenha ficou um pouco grande, mas recheada de aventuras!

08/11
HELENA sempre chega mais cedo e já vai se equipando. Debaixo daquele Sol de 15h na esplanada sem sombra do Mineirão, o clima desafiava mais do que o próprio patins. Mas a paixão pelo patins e a vontade de fazer coisas novas não encontrou barreiras à altura. Com uma patinação absurdamente melhor do que aquela que ela tinha quando começamos o curso, Helena já está naquela fase da vida de patinadora em que a pessoa olha você patinar, acha fácil por que você parece leve e só vai descobrir que se enganou quando tenta, hahahaha. Para tornar o Sol um fator mais decisivo ainda, a aula teve uma pegada totalmente fitness, já que Helena é toda adepta aos "paranauês" da saúde. Na hora de descer, treinamos as curvas e conseguimos perceber a questão da carga cruzada, foi lindo. Desenvolvemos melhor a patinação em uma perna só, enfrentamos a subida com raça e, depois de cansada, essa menina ainda foi treinar meia lua. Morri de rir por que, quando começou a tocar rock nos auto-falantes do Mineirão ela se empolgoi e começou a fazer a manobra como se viesse treinando há meses! Acho que faltou um exame anti dopping aí, rss. Esta manobra, que é muito importante, exige muito das pernas, já que precisamos nos estabilizar com os pés quase alinhados lateralmente. Helena não se queixa hora nenhuma, embora demonstre que está quase desmaiando com o tanto que puxo a aula. E tem um detalhe: Helena também marcou o primeiro horário do dia seguinte na Praça JK, que já comentaremos!!! Fiquei feliz em vê-la independente e estou certo de que não demora estaremos patinando na massa crítica!

ANA CLÁUDIA vem vindo no meio daquele chão quente e claro do Mineirão. Naquele calor tórrido, a cena dela chegando parecia uma miragem... ELa tão pequena no meio de tanto deserto, rs. Ana chegou caminhando com uma cara de missionário religioso do Oriente médio. Tão decidida que parecia até que sabia o que eu estava prestes a fazer com ela, rs. A aula mal começou e já fomos andando na direção daquele morro. Ana, que é muito boa em captar a técnica e fazer manobras com perfeição, estava precisando mesmo era de enfrentar o medo que tem de se machucar, que é o que sempre dificulta sua vida de patinadora. Ana não é daquelas alunas teimosas que precisam de um trabalho repetitivo de ajuste de técnica. Ela sempre pega rápido, mas tem medo de fazer sozinha. Vale lembrar que ela estava empacotada de equipamento feito embalagem de transportadora de vidro. Tinha cotoveleira, joelheira, fraldão, munhequeira e sei-lá-mais-o-que (colocado sei-la-mais-onde), hahahaha. No meio da subida eu já estava querendo rir por que Ana estava suando e morrendo de calor sem que eu nem tenha começado a brincadeira. Na subida, que começou sofrida, Ana encontrou o eixo e, do meio em diante, escalou sem esforço. No platô lá em cima, Ana começou a ser rebocada com vigor para testarmos a carga cruzada das curvas. O detalhe é que estavamos em uma velocidade ALTÍSSIMA e ana ficando verde de medo. Quanto mais medo ela tinha, mais alto eu gritava: "Bora Ana!!". Ela devia estar me achando ridículo, por que não sabia se ria, se chorava, se reclamava ou se administrava as pálpebras, por que o olho dela ia secando e ela nem piscava. Foi incrível ver a Ana descobrindo os eixos e fazendo curvas com perfeição e alta velocidade. Aliás, acho que a adrenalina foi muita, por que, na volta lá estava Ana "divando" na patinação com os calcanhares batendo SEM EU PEDIR!!! Isso mesmo, uma consequência NATURAL da patinação perfeita e estável! Patinando na direção da rampa, já retornando para a base, começamos a ganhar velocidade (eu de costas) quando alguém colocou o poste no meio do caminho. Ana fez uma cara diferente e não disse nada. Quando olhei para trás, o poste já estava vindo com tudo (sim, ele foi para cima de mim). A única coisa que deu para fazer foi puxar ana para ela não dar um beijão nele, mas estávamos tão depressa que os pés dela trombaram e ana foi gentilmente deitada no chão enquanto eu ria da cena. Mas a sacanagem mesmo foi eu fazer ela subir a escadaria do platô inferior antes de finalizar a aula... Ana estava parecendo que subia o Everest com rarefação do ar e tudo mais. Chegou lá em cima achando que ia morrer, e as pernas não obedeciam mais. Estou muito orgulhoso dos enfrentamentos da Ana, e ela ainda não se deu conta do quanto evoluiu. Quando esse medo sair da aba dela vamos arrasar mais ainda! Parabéns pela superação Ana, na próxima vamos descer aquele legócio direto, hein?!

No lugar de ANDIARA, que acabou não podendo ir, chega DAISY, que conseguiu o horário na raça. Acho que essa menina guardou tão firme na memória suas primeiras experiências com o patins lá na barragem que não percebe sua evolução. Foi ela se levantar do banco e começar a andar e eu já imaginava as luzes e a platéia, hahahaha. Daisy patinando sem mancar, com uma perna de cada vez, sem balançar a cabeça e com ombros estáveis. Na última aula que tivemos, Daisy estava tão independente e atrevida que caímos umas duas vezes por que ela inventou de fazer algo e me pegou desprevinido. Dessa vez, escaldada, ela fez tudo como manda o figurino, e evoluiu muito. Para começar ela finalmente sentiu os eixos das curvas em zigue-zague, e  pode ver suas curvas nascerem com naturalidade e menos esforço. Muito mais concentrada, Daisy simplesmente acordou para o tato dos pés com o patins, e acho que isso foi um dos maiores ganhos. Ela, que já patinava "Divamente" sem olhar para os pés, agora sente como eles estão e já usa isso para fazer reparos de postura e desenho de patinação. Daisy também subiu as escadas, e o fez com maestria, chegando lá em cima praticamente sem se cansar. Um dos principais sinais de que ela está com uma patinação eficiente é sua permanência após o término da aula. Daisy ficou no Mineirão até o vigia do quadriciclo expulsar a gente (21h)! Se ela estivesse patinando com má administração da energia, não aguentaria o cansaço e tiraria logo o patins. Acho que o Sol na cabeça me afetou nesse dia, e fiz uma confusão com horário que prejudicou a aula da Daisy, que foi mais curta do que o normal, além de me esquecer de que o casal ROMERO E CAROL tinham reservado duas horas de aula, e não uma. Mesmo assim, ainda conseguimos fazer ilesos alguns testes de parada brusca e curvas fechadas com reboque, o que antes só terminava em tombos. 

IGOR e ROBERTINHA, dois amigos e colegas de trablaho em uma das escolas em que trabalho, apareceram por lá de surpresa. Isso também contribuiu para a minha confusão de horários, já que não resisti a tentação de vê-los com patins no pé. Igor, atrevido, foi o primeiro. Calçou o patins e saiu andando feito uma marmota. Lutador de Tae Kuon do, Igor tem pernas fortes e boa relação de equilíbrio e sustentação em uma perna só, e, embora não estivesse patinando feito um divo, se virou bem. Para guardar de recordação e poder rir quando quisesse, fiz um vídeo disso tudo. Robertinha, que já patinou na infância, colocou o patins da Ana Cláudia, e seus pés tiveram que ficar dobrados lá dentro. Foi a conta de levantar e ela já queria assentar outra vez. Tudo bem que ela estava toda delicadinha de vestidinho florido, o que não ia ornar bem um tombo com as pernas para o ar. Mesmo assim, insisti que ela desse uns passinhos sob minha supervisão. Pedimos uma foto histórica e Ana fez para gente... ELa fez as fotos: enquadrou, contou até três e.... Se esqueceu de clicar no botão de fotografar!! Hahahahahaa. Conseguimos um pequeno vídeo da gente fazendo a pose, de que fiz um print para guardar, mas valeu demais. Adorei a companhia de vocês nesse sábado, fiquei muito feliz mesmo. Venham sempre!

ROMERO e CAROL já estavam por lá e até assistiram a marmotice de Igor. CAROL foi primeiro e arrasou! Ela já anda e é toda atrevida, mas tem duas dificuldades que podem ter sido o motivo de querer passar por mim nessa trajetória da patinação: dificuldade de administrar velocidade e a frenagem, a danada da frenagem. Todo mundo aprende a andar e tem que aprender a parar, mas o patins não para! (rs) O primeiro passo com essa menina cheia dos conhecimentos da rua foi o banho de purpurina. Sim, Carol teve que entrar no clima de DIVA, e o fez lindamente. Bastou 5 minutos de aula para ela estar fazendo a patinação do aviãozinho. Sustentada por um pé e com o outro esticado para trás, Carol patinava como se estivesse flutuando 1m acima do chão. Como se não bastasse a absorção imediata da nova proposta de postura, Carol também inventou de encarnar a Diva por completo. Ela estava muito concentrada e viajando na patinação dela, mas tinha hora que eu achava que ela imaginava uma multidão aplaudindo e gritando seu nome. Um sorrisinho nascia no canto do rosto e eu até acho que ela piscava por causa dos flashes dos paparazzi. Fazendo em minutos o que normalmente leva várias aulas, Carol reuniu sua experiência e nós lapidamos suas curvas, consertando o vício de se recolher a perna de dentro e acrescentando beleza aos movimentos. A famosa escada por que todos passaram também foi enfrentada com bravura pela boxeadora cheia de energia, e chegamos ao topo sem grandes fadigas. A menina é dura na queda, e muito disciplinada. Para terminar e acabar de esgotar suas forças, fizemos uma bataria de frenagem com corrida em linha reta e parada brusca com meia lua. As veias do pescoço dela até estufavam na hora do tranco, mas ela enfrentava tudo sem medo. Carol é das guerreiras mesmo!! Adorei!

ROMERO foi patinar comigo logo depois. Só filmando para acreditar no que aconteceu com esse moço no intervalo entre a última aula e essa!!! Na aula anterior, como bem diz nossa resenha, Romero andava com dificuldade por que é alto e pesado e precisava trocar de carga, fazendo força demais. Além disso, quando trocava de peso de uma perna para outra, o fazia com tamanha distância entre os pés que ficava inseguro e se cansava muito. Quando pedi a ele que patinasse para eu ver quanto da aula havia ficado em sua memória motora, fiquei CHOCADO!!!!! Pensem num cara que saiu andando feito DIVO!!!! Era Romero, gente, ele mesmo. Romero descobriu o lance de trazer a perna para debaixo do umbigo, e não o contrário, e usava isso para patinar com mais controle e tranquilidade. Em sua patinação ainda havia vícios como o de pisar muito no calcanhar, e fomos trabalhar isso. Subindo com dificuldade no princípio da rampa, mas com desenvoltura assim que pegou o jeito, Romero chegou lá em cima morto de calor. Romero não se queixa nem diz que não vai dar conta, ele apenas aceita os desafios e manda ver. Acho essa uma das grandes virtudes de um aluno. Coloquei ele para fazer curvas fechadas em reboque e ele fez uma força danada. Eu, nem se fala, rebocando o cara maior que eu. Ficamos lá naquela peleja até que ele quebrou seu pacto de silêncio (rs) e disse: "ó! Agora eu percebi o negócio da perna". Sim, Romero agora sabe usar a perna certa para fazer curvas. Para comemorar, descemos a rampa em zigue-zague, e os skatistas pararam para olhar. FIquei na dúvida se estávamos atrapalhando, se eles duvidavam que íamos conseguir ou se queriam mesmo ver o tombo. De qualquer forma a platéia sempre anima o artista, e Romero desceu lindamente, ou deveria dizer "pintamente" para não ficar muito gay? Na volta, também pela escada (ô escada...), Romero já estava cansadão, mas ainda teríamos que trabalhar uma última coisa coisa: a famosa manobra mosca-de-padaria! Coloquei Romero para correr em volta do poste e não sei se era maior o sentimento de orgulho ou a vontade de rir. Seu domínio de curvas está muito bom, e sua postura é SEMPRE bem cuidada, o que não sei se é coisa dele ou se é consequência do curso. Mas um cara daquele tamanho rodando em volta do poste E COM PRESSA ainda por cima (por que pedi que ele desse mais vigor ao exercício) estava muito engraçado. Romero deu o Show e está na lista das recomendações para o evento MASSA CRÍTICA e ROLLER RIO.

Quem me chega patinando na noite da esplanada? A Super, a famosa, a xique, a patinadora, a mascote, a TIAAAA SELMEEEEEE!!!! Hahahahahaha! Ela chegou patinando no meio do povo, assim, como se estivesse inspecionando o Mineirão. Olhei para aquilo e falei comigo: "como assim, Tia Selme por aí sozinha assuntando?". Já comecei rindo antes da aula começar. Tia Selme, que resolveu devolver a bermuda do filho dela, agora tem uma calça High Tech para colocar por cima do seu fraldão, e não brilham mais os detalhes em laranja de antes. Agora ela virou mesmo Lou Patinadora. Reclamando da minha magreza, Tia Selme me pagou um pão de queijo, que comemos enquanto colocavamos os assuntos em dia. Na saída para buscar o dinheiro na bolsa dela do outro lado do Mineirão, uma surpresa: ela já estava patinando com um pé só e com rotação de quadril na alternância das remadas! Sim, ela patinava sempre em uma perna e com uma ginga super firme! Ela deve estar comendo no mesmo restaurante que o ROMERO, por que não tem base ela ter evoluído tanto entre as aulas. A patinação dela estava tão eficiente que atingimos 13Km/h quando eu me lembrei de pegar o GPS para medir. Quero dizer que, no momento de mais emoção, devemos ter chegado a bem mais que isso!!! Só que tem um problema: Tia Selme não sabe o que fazer com essa velocidade toda! Se continuasse asism, ia ter que haver sempre uma esplanada enorme para ela parar com o vento, e isso não inclui o anjo da guarda interceder na retirada dos meninos que brotam do chão em nossa frente. Motivados pelo cenário de perigo que sua velocidade radical estava desenhando, resolvemos treinar curvas, que pelo menos resolviam o negócio do anjo. Em mais uma coincidência com a história de Romero, Tia Selme veio se tornar uma mosca noturna, girando em 8 em torno de dois postes em um trecho de nosso passeio. Sempre melhor quando não está prestando a atenção no que está fazendo, Tia Selme só dava conta de fazer as manobras quando estavamos batendo papo. Era só ela prestar a antenção e o negócio desandava. O pior era a gente não se aguentar de rir da situação. E ela reclamando que o cérebro dela estava todo errado. Com apenas uma desequilibrada que deu em Tia Selme uma taxa de adrenalina superior ao somatório de toda a semana de aventuras diversas em sua rotina, tivemos uma noite tranquila de patinação, e só fomos embora por que o moço do quadriciclo chegou tocando a gente. Cheia de energia ainda, Tia Selme já tem sua estrutura tão transformada pela patinação que já entrou no time dos que podem ficar rodeando o local das aulas fazendo dever mesmo depois do horário. Tia Selme, é sempre bom quando você dá um jeitinho de vir patinar com a gente!!!! :)

No finalzinho a diversão mais PRO da noite: NATACHA e sua patinação artística brota-recalque. Sob a pressão dos ansiosos moços-guarda do quadricilo, ainda conseguimos umas manobras e uns tombos do lado de dentro do Mineirão. Natacha até inventou de passar debaixo da minha perna patinando deitada Deus-sabe-como, e o pior é que deu certo, hahaha. Já com os portões do Mineirão fechados, a vontade de patinar não terminava nunca, e fomos fazer estrepolias na rua. Ela de Quad e eu de inline, misturamos manobras de street com a patinação artística, e demos um show para as árvores que estavam passando alí por perto. Foi lindo, mas rendeou dois tombos para seu joelho desprotegido e para o patins novinho. Mais equipamento de segurança da próxima vez, hein?

Ir dormir tarde depois de um dia tão cheio de emoções é bom demais. Encaro as aulas com muira seriedade e profissionalismo, mas não consigo me furtar a sensação de estar voltando de férias cada vez que vejo vocês e vivo tantas experiências. Descansar para recomeçar cedo no dia seguinte: melhor sensação.

09/11
Depois de dormir cansado e realizado das aulas de sábado, lá vem o Sol da manhã de domingo com aquele Céu azul que a Bic desistiu de tentar copiar. E quem abriu o dia? HELENA, outra vez, por que ela deve ter a chave das aulas, só pode. Ela chegou primeiro novamente, animada novamente, e estava calor novamente, hahahaha. A diferença é que não deu aquela chovinha-de-molhar-bobo do sábado. Desafiada pelo pavimento bem acidentado da praça, Helena teve que fazer bastante esforço para repetir o que estavamos vendo na aula de sábado, mas logo entrou no clima e começamos o primeiro grande desafio: curva trançada! SIM, TELE ESPECTADORES de todo o Brasil! Helena começou a ver curva trançada! No centro da praça temos círculos concêntricos e usamos o menor deles para definir uma trajetória circular para nossa manobra. Ainda com bastante dependência do apoio, Helena topou e mandou ver. Fizemos a curva trançada para os dois lados! Descendo o Platô da praça, que tem inclinação média e é bem amplo, Helena desceu com muita tranquilidade e fazendo as curvas sem nenhum sofrimento. Ou ela superestima a segurança que eu ofereço ou ela é mais chegada do anjo da guarda que não intercedeu pela Tia Selme, por que ela nem modificava o semblante, que estava sempre com um misto de sorriso e súplica. Sorriso por que Helena que é uma pessoa super astral e animada, parecia satisfeita com seu desempenho (em bora não tanto quanto eu), e súplica por que o calor e a minha mania de desafiar os limites a deixavam descadeirada de tanto fazer força. Na hora da meia-lua, que é sempre um desafio, ela encontrou os eixos e fez com independência. Não demora ela fazer sozinha só para o Show das Poderosas. Para humilhar os passantes, Helena ainda tinha um outro compromisso fitness depois da aula: seu grupo de atividades físicas do domingo de manhã. Saindo da aula, lá foi ela se aquecer para uma rodada de atividades: orgulho demais!

GUSTAVO, o duque, já estava rodeando a gente bem antes de nossa aula terminar, e não é que o rapaz patina direitinho? Romero deu o show que ninguém acredita! Começamos nossa aula com uma correção da pisada pronada. Mais uma vez a constatação de que patins de bota de pano só é indicado para pessoas leves, com o tornozelo forte e que não tenham histórico de assimetria das pernas que impacte em pisada pronada. Romero já estava patinando quando começamos, e não precisou de aquecimento algum. Já começamos com reparo da troca de eixos que estava um pouco viciado e com a postura. Imaginem a altura de um cara de 93Kg que é magro! Alto demais, parecia até sacanagem pedir para ele estufar o peito - ficou mais alto ainda. Conhecidos por serem desengonçados, os patinadores de grande estatura precisam de muito esforço para fazer as alavancas necessárias às manobras, e Gustavo tem consciência disso. Trabalhamos o tempo todo a exigência da estética da patinação, e ele acolheu muito bem a nova postura. O que me deixou impressionado era a memória da patinação que ele teve na infância, que se recuperou durante a aula a ponto de ele mesmo se assustar. Pedi a ele que fizesse a curva trançada em torno do círculo da Helena lá no meio da praça. Quando ele começou, teve que escorar em mim os seus quase 100Kg, mas quando pegou o jeito - leia-se: lembrou-se da sua infância - começou a fazer a passada PERFEITA! Sim, Romero, no primeiro dia de aula, fez curva trançada para os dois lados! Essa bolinha da praça JK faz milagres... Só não vale ir lá jogar moedinha e fazer pedido. Tem que ralar mesmo. Gustavo também melhororu sua curva, que tinha vícios da sua infância (nem tudo é perfeito), e rapidamente pegou três tipos distintos de frenagem: 1 - Meia Lua; 2 - Curva fechada de baixo desempenho; 3 - parada brusca em faca. Nunca vi tanto assunto em uma aula só. Fomos para a grama treinar parada brusca, refinamos a meia lua que ele já conhecia e introduzimos a curva de baixo desempenho, que é mais interessante esteticamente, além de ser base para outras manobras que vamos querer aprender mais adiante.

POLLYANNA chega com a caravana dela. Na verdade, já estava andando (sem joelheiras) bem antes de começar a aula. Quando começamos, ela estava com os olhinhos vidrados. Acho que ela estava querendo tanto a aula que nem percebeu o calor. E acho que o Sol ficou enciumado, por que na aula dela a praça ficou mais quente ainda. Polyanna estava patinando lindamente, e nisso não tivemos que mexer. Em sua patinação, fizemos apenas uma modificação, que foi a rotação do quadril para aumentar a permanência em cada pé. Sua resposta foi tão becana que a praça interia queria Bis. Passamos então àquela manobra muito vistosa: aviãozinho, rs. Muito leve (sobretudo comparada aos 93Kg do Gustavo), Polyanna é graciosa na hora de montar a pose para cada pé, e fez tudo tão direitinho que logo mudamos de assunto na aula. Era hora de formar as alavancas para curvas. Com uma patinação tão bacana e de bom dsempenho, ela vai precisar controlar a velocidade que vier a ter. Fizemos curvas, sprints com viradas bruscas em altas velocidades e, quando faltavam 14 minutos para a aula terminar, com JULIANA calçando seu patins e se preparando, fomos dar uma espiadinha na av. Bandeirantes, que estava fechada para ciclistas, patinadores e caminhantes. Empolgada com o pequeno passeio, Polyanna me deu orgulho com sua postura impecável. Estavam todos olhando! No caminho, encontramos ANDIARA e sua amiga CRIS empolgadíssimas equilibrando no meio do povo caminhando no asfalto. Andiara, que agora está de Twister (!), traava de reaprender algumas coisas e se adaptar ao novo patins. Elas aceitaram meu convite para subir com a gente e lá fomos nós morro acima. Palyanna me perguntou se dava para aprender aquela freadinha em que colocamos um pé atrás arrastando. Ela é tão xique que só com uma dica da rotação do quadril ela já saiu fazendo a manobra, ficando vários pontos mais próxima da independência, já que essa manobra me deixa tranquilo em relação às descidas de pequena inclinação. Sucesso demais essa menina!!!!

Voltei para pegar JULIANA e ela estava toda sorridente. Ela sabia que íamos passear horrores na aula, e estava toda empolgada. Como ela era a última aluna do dia, resolvi fazer um grande desafio: SUBIR A AFONSO PENA ATÉ A PRAÇA DO PAPA. Saímos da Praça JK pela Av. Bandeirantes fechada e paramos no Nectar da Serra para um Açaí com leite em pó (por que quem não aguenta bebe leite, rs). Dalí, subindo pela contra mão, escalamos firmemente aquele morro que é muito mais doído para subir do que ele pode aparentar aos olhos de quem só assiste. Juliana cismou que queria ir até o fim, mas estava cansada desde o início, já que nossa jornada até alí não tinha sido lá esses passeios de escada rolante. Na subida, com patinaçãõ firme, o desafio era mesmo cardio vascular, e não de técnica. Ju se sentiu à vontade com a subidona (que deveria assustar qualquer um) e fomos-que-fomos. Na parte mais inclinada, fomos para a grama e Juliana ficou toda feliz. Disse que daquele jeito alí poderia passar o dia todo, e ainda soltou a pérola: "ai, se mamãe me visse...", hahahaha. Depois de cumprir a primeira grande parte pela grama, fomos contornar a praça pelo passeio para chegar ao topo. Na reta final, uma família simpática que estava assentada à grama curtindo a manhã de domingo parabenizou nossa pupila pela garra na subida, e Ju ficou toda orgulhosa, embora não menos cansada, rs. Depois tomamos uma água de coco (coco não tem acento, cocô é que tem, por que palavras terminadas em "o" são paroxítonas caso não estejam acentuadas - gastei). Animada pela vista, ar fresco e conquista, Ju aparentemente se esqueceu de que teríamos todo o caminho de volta e foi passear pra lá e pra cá. Lembrada da realidade, Juliana se precipitou em direção à escada e caiu de bunda a 1m de mim, rs. Descemos a escada feito Divos, e Ju ainda teve energia para se desafiar na descida frontal, do que desistiu por se perceber pouco alongada e bastante cansada. Descemos o primeiro patamar da praça ao som de música ao vivo do pessoal que passava o som para o Show de mais tarde, e depois o asfalto em "U" que faz a diversão do Minas Roller aos domingos. Em seguida, para a nossa alegria, descemos o restante da praça pelo gramado e fomos ao delírio! Mais adiante ainda, morro abaixo, começamos uma descida séria e concentrada, que exigiu sincronia, força, técnica e boa administração cardio vascular. Depois disso tudo, a Av. Bandeirantes se tornou uma mera rampinha de garagem, e chegamos à Praça JK inteiros, à exceção dos litros de água a menos da desidratação (mesmo com as águas, açaís e águas de coco).

Feliz pelo final de semana cheio de patinação e orgulhoso pelo progresso impecável de todos vocês, agradeço por mais essa oportunidade de recarregar minhas energias e participar do desenvolvimento e cura de vocês! Até a próxima!

Patrick Bonnereau
Instrutor de Patinação
#VamosPatinarJuntos
bhroller

sábado, 1 de novembro de 2014

RESENHA AULA 01/11/14

Sábado MARAVILHOSO de Sol e Céu azul de Brigadeiro e lá estávamos nós nos divertindo no calor escaldante do Mineirão! Mais um grande dia de estréias.

Para começar o dia, LUCIANA trouxe seu patins e sua coragem. Coragem mesmo, por que era 3 horas da tarde e o Sol castigava. Misturando o Sol com o desafio de patinar, Luciana suava de escorrer, e começou a aula totalmente instável e dependente do apoio. Sem poupar esforços, já começamos a aula pela subida da rampa, o que é uma excelente estratégia para os estreantes. No começo ela mal conseguia ficar de pé sem ser dragada morro abaixo, mas em 5 minutos ela entendeu a questão da transferência e subiu lindamente!! 😊👏 lá em cima, frustrados por não termos encontrado uma sombra, continuamos firmes no desenho de curva e no reboque. Luciana, que começou querendo cair a cada tentativa de puxão, terminou a série super firme, e conseguimos descer o morro inteiro fazendo zigue-zague. Mas incrível mesmo foi quando nos rendemos ao Sol e começamos a patinar debaixo da sombra do acesso aos banheiros!! Luciana, aquela MESMA pessoa que não estava ficando de pé, MISTERIOSA e incrivelmente fez Meia Lua SOZINHA e sem eu pedir!!! 😱 foi lindo!!

ROMERO e sua namorada já estavam de patins e se escondendo do Sol. Romero foi outro que evoluiu muito em uma aula só. Quando pedi a ele que andasse para eu ver como estava sua patinação, ele levou um tempão para andar 10m. Fiz uns comentários, dei uma ou duas instruções e começamos a trabalhar... Na subida, que foi o grande desafio dos estreantes de hoje, Romero ficou parado pelejando... Cada vez que ele se mexia, descia uns 30 centímetros, hahaha. Fizemos algumas modificações na estrutura da pisada e, de repete, lá estava Romero SUBINDO! Com a pisada exageradamente de calcanhar, Romero teve que se esforçar muito para entrar no esquema da curva, mas quando aprendeu, até alta velocidade nós experimentamos!! Usando o que tínhamos acabado de aprender, descemos a rampa em ziguezague e bastante estabilizados. 👏👏👏 Para finalizar, ao som de Dire Strates, Romero arrasou na patinação de longa permanência sobre o pé, ajeitando a postura e patinando com velocidade! Romero terminou a aula patinando feito Divo.

Daisy chegou animada. Ja patinando bonitinho, seu objetivo é perder logo o vício da patinação com pé arrastando. Mas nosso trabalho foi além! Trabalhando o pêndulo e aproveitando o chão liso, fizemos patinação de longas passadas, e Daisy achou os eixos para parar de mancar. Na primeira subida, fomos ultrapassados por duas patinadoras, e Daisy brincou indignada: "aí, tá vendo? Quero subir assim, feito elas!". Eu deveria ter filmado a segunda subida, depois de trabalharmos melhor sua transferência de eixos... Daisy subiu BEM MELHOR que as duas! Sempre atrevida e querendo fazer as coisas que dão na telha, Daisy me passa uns sustos igual à Juliana. Começando umas manobras subitamente, Daisy me pegava de surpresa toda hora. Nas descidas que fizemos, e foram várias, Daisy caiu três vezes, mas caía com estilo feito gato e com apoio. Não machucou, e ainda levantava toda animada, igual criança, para retomar a patinação. Ao final, cheia de energia, Daisy se animou e continuou patinando até o Mineirão fechar!!! Se não é eu para cuidar dela, lá ia a menina descer a rampa sozinha... Foi lindo!

Enquanto isso, patinando com muita raça, vem NATÁLIA RUBIM, que veio trazer seu SEBA para umas voltas. Animada depois de ter ficado muito tempo sem patinar, Nat fazia de tudo! Corria, virava, parava e fazia zigue-zague. Um pouco dura e sem articular os joelhos, Nat precisava só de um ajuste no controle de curvas. Dei um pequeno toque e ela brilhou! Com muita força e destemida, não há nada que ela não aprenda na raça! Parabéns menina!

NARDIELLE chegou com seu patins street de cadarços verdes. Parecia um chaveirinho em seus pequenos pés. Seu patins é feito para pular escada, deslizar corrimão e fazer estrepolias, mas seu objetivo com o patins é se tornar uma Diva e passear... Então, conhecida a diferença entre o estilo do patins e o estilo que pretendia aprender, fomos tentar o máximo. Nos primeiros metros de patinação, aqueles em que observo o aluno patinar sem dizer nada, Nardielle andou feito pedestre. Aproveitando suas rodinhas mais presas, ela praticamente não deslizava, passando metade do percurso dependurada em mim pelo braço. Tínhamos muito trabalho pela frente, mas sua disciplina e disposição fizeram a aula render MUITO! Custou a ficar em pé quando foi tentar a troca de eixos, mas no final, estava deslizando feito bailarina e com o toque dos calcanhares na troca de pés. Nardielle aprendeu a se firmar no reboque e até meia lua ensaiamos. Uma aula cheia de esforços, estréia e Sol deixou a menina cansada, mas fiquei orgulhoso do tanto que firmou em cima do patins e como extirpou os vícios do início. Em breve vai se juntar aos skatistas pulando banco, rss.

E chega MURILO! Ainda sem patins, Murilo fez a aula para ver se ia criar coragem de patinar com seu namorado, que é destemido e sabe que sua patinação da infância ia lhe servir bem quando retornasse ao esporte. Murilo, mais cauteloso, preferiu um instrutor por perto para a sua estréia, já que NUNCA TINHA ANDADO antes. E foi um custo. Usando o patins curinga que tenho para emprestar, Murilo tinha seus pés dançando na bota de número 42-43. Engraçado que, no começo, só de tentar ficar de pé suas pernas iam abrindo e, se não era eu segurando seus braços, ele ia para o chão. Fazendo um esforço tão grande que até tremiam-lhe os músculos, Murilo se concentrou e foi acordar suas pernas. Em alguns minutos, entendendo nosso grande objetivo que era a troca de carga entre os pés, Murilo começou a conseguir desenvolver uma patinação simples e tímida, mas muito mais avançada do que sua condição inicial de sequer parar em pé. Para além disso, sua concentração e disciplina na aula o fizeram conseguir até mesmo ensaiar os paços do aviãozinho. Murilo terminou a aula exausto, mas tenho certeza de que vai querer patinar muito mais!

Em seguida, passeando com seu quad novo no Mineirão, me chega Natacha. Com sua patinação que tem o nível de quem patina há anos, Natacha impressiona quem fica sabendo que ela começou há poucos meses. Aproveitamos que as aulas já terminaram para dar um passeio artístico pela esplanada. Fizemos de
Tudo e criamos nossa coreografia improvisada... Adorei!!!

Meu sábado não poderia ter sido melhor aproveitado! Tantas estréias, evoluções rápidas e muita força de vontade vinda de vocês são inspiradoras em vocês obrigado pelo sábado de Sol e muito patins! Vocês me enchem de orgulho!!

Patrick Bonnereau
Instrutor de Patinação
#VamosPatinarJuntos
bhroller