domingo, 20 de setembro de 2015

RESENHA 20/09 - Praça JK

Acordar às seis horas da manhã de domingo só pode ser bom se o programa for SENSACIONAL! E pergunte se alguém se queixou. Em um domingo com Sol forte só se viam sorrisos e camisetas verdes do BH ROLLER.


Às 6:45 MARINEL estava esperando no carro para começar sua aula. Ansiosa, ela tinha uma grande expectativa: tinha que patinar direitinho. Nas suas duas primeiras aulas ela estava tão nervosa e apressada que assimilou pouco. Na última aula, depois de um trabalho de tornar-se mais calma e serena, conseguiu se concentrar muito e patinou SOZINHA! Hoje, confiante de sua escalada para o sucesso, patinou firmemente por toda a Avenida Bandeirantes. É sensacional ver como as noites de sono funcionam como treinamento. Subindo grandes morros ou descendo em reboque frontal, Marinel não deixou o medo atrapalhar, e enfrentou todos os desafios. Depois de andar mais de 5km lindamente, foi para casa com a certeza de que é o patins mesmo que vai ser o companheiro de vida e saúde de agora em diante.
KÁTIA não perde tempo e já estava esperando por sua aula. As meninas acordaram cedo para acompanhar, mas ela não queria correr riscos e saiu na frente. Depois de tomar um belo tombo tentando andar com as meninas sem o professor há uma semana, Kátia decidiu aprender e se tornar independente. Patinando pela avenida, pouco havia o que corrigir em sua postura e patinação. Mais calma agora do que antes, ela conseguia pensar antes de agir e não parece ter se intimidado com toda aquela gente caminhando e pedalando pela praça toda. Já treinada em curvas simples, não teve dificuldades para manobrar no meio do povo, e na descida conseguiu usar e entender o reboque frontal. Com a chegada das meninas a dinâmica foi outra. Duas princesas rodeando a aula o tempo todo só fazem o domingo ficar mais gostoso, e como aprendem rápido as crianças.
DENISE é a aluna mais assídua do momento. Patina sozinha e se vira muito bem. Não tem dificuldade com quase nada e o medo não a bloqueia, embora exista na medida da precaução. Seu marido e Ti, o filho-espoleta ficaram em volta feito mosca de padaria, e a aula rendeu uma patinação de alto desempenho. Andamos tão bem que em 15 minutos chegamos ao Néctar da Serra. Nosso objetivo agora é a independência. Chegou a hora das aulas coletivas, e a autonomia é o cartão de entrada. Fizemos então o teste de fogo. Subida da praça do Papa depois de patinar da praça JK até a praça da bandeira! Guerreira, ela sorri diante do que já fez muitos chorarem. Íngreme e dificultada pelo Sol que não perdoa, a subida da Praça do Papa é para os fortes. Uma das características didáticas importantes desta subida é que o patinador PRECISA aprender que se patinar de forma ineficiente, não chega nunca. No começo Denise patinava com pernas afastadas e uma pendulação exagerada. Tudo isso consome muita energia e não nos deixa ir longe. Em poucos minutos ela entendeu o recado e começou a acertar tudo... "E tudo o que sobe tem que descer" lá vão Patrick e Denise morro abaixo controlando a velocidade naquela ribanceira. Haja perna! Mas foi sucesso!!!
ANA CLÁUDIA chegou para a aula já me fazendo rir. Atrasada segurando uma sacola que mais parecia um embrulho de manga e um coco. Atrasada, o que é raro, ela ainda tomou seu tempo para se equipar. Já no começo da aula ela teve que descer um degrau de quase meio metro. Adoro ver a cara que ela faz quando está com medo e é pressionada. Ana já sinalizou o interesse mas aulas coletivas, mas será necessário um trabalho sério com a falta da mão do professor na hora do medo. É impressionante o medo que ela fica quando não tem a mão do salvador. Só que uma coisa interessante aconteceu nesta aula e que só os observadores saberão apreciar. Para contextualizar, Ana tem tanto medo de velocidade que quase chora para ultrapassar um jabuti. Sempre faz biquinho e arma um escândalo ao menor sinal de ultrapassar a velocidade padrão de caminhada da terceira idade. Ontem, quando descíamos uma rua mais alta, a velocidade aumentou muito e ela começou a se queixar como de costume... Mas quando a inclinação diminuiu e a velocidade diminuiu um pouco ela disse: "agora não tem problema por que está devagar". Pera!  DE-VA-GAR?!?! Ana, você disse isso!  Pior de tudo é que não estava devagar. Descíamos a uma velocidade que até pede uma certa atenção. Mas para a nova Ana aquilo não era nada! Menosprezou a coitada! Que orgulho! São nessas pequenas coisas que vemos as pessoas evoluírem.
PAULA estava escondendo leite. Encontramos ela assentadinha no banco do ponto de ônibus, como quem não quer nada, mas guardava na manga uma patinação excelente!! Já saímos patinando com velocidade e trabalhando economia de energia. Nosso foco foi a patinação de longa distância. Com postura bacana e um bom desenho com o patins no chão, restava à aula os trabalhos com curva e frenagem. Como quase todo mundo, Paula tem uma assimetria na amplitude de rotação do fêmur que faz com que as curvas saiam melhor para um lado que para o outro. Com esforço, insistimos nos dois, e ela foi obrigada a cumprir o trajeto quase todo freando sozinha. Foi ótimo ver que temos mais uma companheira para o grupo de aprendizado coletivo!!
CARINA foi a aluna corajosa que fez aula uma da tarde. Não é fácil tomar 50 minutos de tapa na cara daquele Sol. Mas ela não se importa. Ser Diva tem seu preço, e ela pagou direitinho. Pressionados pela polícia do trânsito, que anunciava a abertura da avenida para o trânsito de carros ora interrompido, tivemos que agilizar. O sofrimento dela na primeira subida foi digno de retirante nordestino... Mas nada que um platô quase plano asfaltado não se fizesse de alento. Patinando mais firme e com economia, rapidinho ela já transformou a respiração esbaforida de quem estava prestes a desmaiar em uma respiração quase atlética de quem conhece o vigor. E lá fomos nós para a primeira descida longa. Super confiante no professor, Carina acha que faz aula com Chuck Norris, tal o seu desprendimento. Suas curvas e meia lua para a direita são tão boas que até ensaiamos umas coreografias de giro.
Por fim, tornados solitários pelo Sol que nem todos resistiram, fomos para casa com as lembranças da experiência que ficará marcada em nossa mente e músculos. Por que patins e vida e cura, e todos nós sabemos o tamanho do espaço que ele ocupa no coração para além do lazer e esporte. Que venham mil aulas e mil curas para as vidas de quem sabe aproveitar a saúde que tem!


Patrick Bonnereau
Professor de Patinação
#VamosPatinarJuntos
@bhroller
@artepatrick

  

sábado, 22 de agosto de 2015

Keep Calm and Pratique Slalom



Ainda estou sem palavras sobre o evento! 😍


Mas se eu fosse resumir, não teria nenhuma outra palavra melhor que EQUIPE!

Além de nos ensinar muitas coisas bacanas no slalom, Rodrigo Morgado mostrou que ser equipe é realmente a melhor forma de ter bons frutos em eventos como este!

Eu não tenho como agradecer um por um! Foram tantos que nos ajudaram, que nos apoiaram, incentivaram... Poxa! Estou realizada! Talvez não tenha sido o evento mais perfeito, mas sem dúvida foi o que mais tirei lições, o que mais aprendi!!

O resultado do evento vemos em fotos e vídeos que a galera vai publicando!! Quero ver tudo, pessoal!!! Postem aqui!!!! 😘

💜💜💜💜
Keep calm and pratique slalom!!!!! 
👍

Obrigada, Rodrigo! Esperamos você de volta o mais breve possível, com sua equipe paulista (Antonio Salles Junior, Victor Fialkovics, ....)




Poliana Bueno
Administração BHRoller
#VamosPatinarJuntos
bhroller

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

RESENHA Urban Intermediário Praça do Papa

Se o sentido da vida é vivenciar aprender, acho que estamos na vocação. Trocar de Ares com o patins nos pés é quase uma manifestação de omnipresença! Com o Céu azul de fundo, fica difícil acreditar que aquelas nuvens são objeto de estudo da Meteorologia e não das artes visuais! Para completar a experiência lúdica, as rodas nos pés parecem não deixar o chão nos prender ali. É como se a gravidade desse uma licença poética para irmos onde quisermos. 



E a gente quis ir longe! Com as técnicas básicas necessárias para desenvolver uma patinação segura pela cidade, CAMILA GIORI fez uma grande aventura: a subida da Praça do Papa.

Aquecendo e acertando o eterno problema do balanço exagerado, Camila foi sentindo que, se continuasse com muita amplitude na remada, ia acabar se cansando. A subida da Avenida Afonso Pena mostrou isso claramente. Com poucas passadas ela, que é atleta, já sentia um pouco as pernas.

Mas o semblante não mudava. E nem tinha como. A diversão de patinar pela cidade com segurança debaixo de um Céu pintado sentindo o calor do Sol brando sobre a pele é quase obrigatória!!

Não bastasse toda a subida, incluindo o trecho final de inclinação medonha, ela ainda andou sobre os bancos, para fortalecer a noção de eixo e centramento da patinada, e e subiu a escadaria toda fazendo graça e com passada cruzada.

Na descida, que não ficou por menos, usou o degrau largo para exercitar o controle de troca de base com desnível, e na descida, que foi super ágil, fez curvas com frenagem, excelentes arremates e encaixes frontais. Tudo isso em pouco mais de UMA HORA!!

ANA CLAUDIA já nos esperava e investo a história aqui para não demorar a dizer que ELA SIMPLESMENTE É QUASE OUTRA! Ela se lembra bem do dia em que ficamos quase 15 minutos da aula pelejando para descer um meio fio. UM MEIO FIO! Sim senhor! Hoje ela desceu SOZINHA. E não me refiro a descer sem “usar” a mão do instrutor. Disse que não havia ninguém por perto. Ana anda fortalecendo a musculatura e a mente, crescendo em força e coragem. Na aula de hoje ela fez o inimaginável: fez todo o trecho da praça JK até o Néctar da Serra em menos de 20 minutos! "Como assim, por exemplo, gente?”. E tirou muita onda comigo patinando sozinha, enfrentando as descidas e ficando no reboque traseiro, que é uma posição em que não posso antecipar um desequilíbrio e portanto requer confiança no aluno. Mas ela não tira onda sem troco, rs. Também desembestamos morro abaixo para ela sentir a adrenalina de sempre e foi guerreira como sempre… Também não sem o biquinho engraçado de medo e as bochechas vermelhas.

DENISE chegou com a família. O marido, resistente, ainda veio de bicicleta, mas o filhote já estava de patins. E a experiência não podia ser diferente: não é que o menino patinou melhor que que a mãe na primeira aula? Thiago é firme e forte. Muito leve, ele não tem dificuldade para reestabelecer o equilíbrio quando se atrapalha com as pernas, e até diria que ele tem porte de patinador. Destemido e concentrado, ele só teve que combater um pouco a ansiedade que dava na hora que a mãe passava na frente com aqueles pernas grandes dela. Descendo de trenzinho e com velocidade controlada,  aventura também foi em família. O pai, sempre por perto, parecia carregar aquela vontade láaaaa no fundo de colocar um patins e sair andando. Acho que da próxima não escapa.

Realizado ainda de manhã e com um domingo todo pela frente, volto com mais um cacho cheio de histórias lindas de aprendizado e superação sobre rodas. E se Aprender e ensinar não forem um fim sagrado para a vida, então é pelo menos o meu altar. Obrigado pela experiência sensacional de reviver a cada dia o momento mágico do aprendizado da patinação em cada um de vocês.

Patrick Bonnereau
Instrutor de Patinação
#VamosPatinarJuntos
bhroller


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terça-feira, 14 de julho de 2015

Resenha URBAN Básico Belvedere 01

Dizem que as coisas são bem entendidas quando podemos exprimi-las em uma palavra. Taí uma para nosso urban: SENSACIONAL!


É emocionante ver tanta gente unida por uma paixão! Patinadores experientes dividindo suas histórias e aprendizados com iniciantes e todos se ajudando! Pessoas que nem se conhecem dando-se as mãos e dividindo o pouco equilíbrio que conseguiam no trajeto simples mas desafiador. Esse era o cenário de mais um encontro de sucesso de nossa Maratona BH ROLLER Urban!

Tímidos na saída, os patinadores seguiam silenciosos e agrupados em pequenas panelinhas. Já na primeira grande travessia da avenida os pequenos grupos se fundiram em um só, e foi lindo ver o trânsito fechar para a passagem de toda aquela gente!

Mais apressadinhos, os patinadores com uma certa habilidade encabeçavam o grupo, distanciando-se um pouco. Mas não tem jeito! Todo mundo junto é bem melhor, e lá estavam eles de volta para ajudar os novatos.

Um pouco de medo na hora da descida temperou o passeio. Quem não sabe frear fica apreensivo e a adrenalina mexe com todo mundo. Com calma, grupos de 6 formavam uma grande fila de reboque frontal e os instrutores Patrick e Fillipe conduziam todos morro abaixo. Tombos a gente viu, mas nenhum rosto perdeu o sorriso nessa noite mágica.

E assim, com segurança e muita calma, patinadores se conheceram, velhos amigos se reencontraram, pessoas calcaram patins pela primeira vez e nostálgicos visitaram a infância. A equipe de administradores do BH ROLLER se sente muito realizada em ver que a vocação do grupo está sendo exercida! E que venham mais passeios e sorrisos de satisfação.

Vamos patinar Juntos!


Patrick Bonnereau
Instrutor de Patinação
#VamosPatinarJuntos
bhroller



sábado, 11 de julho de 2015

Resenha BH ROLLER Gastrô




São Pedro permitiu, então convocamos Santo Antônio e São João para a nossa quadrilha!

Um dia de muita alegria e com um Mineirão repleto de cores e food trucks. Muitas pessoas circulavam por lá curtindo mais uma edição do Mineirão Gastrô e puderam presenciar a energia positiva do coletivo BH Roller!


Dançamos uma, duas, três, quatro vezes... O pessoal não cansava de dançar e os olhares curiosos não paravam de nos rodear. Afinal, não é todo dia que se vê um arraiá de patins! E tampouco com o passinho: "olha o tombo!!" e todos os patinadores iam ao chão, arrancando risadas de todos!

Foi neste clima super agradável que fizemos a quadrilha BH Roller!


Além disso premiamos o casal mais bem caracterizado com R$200,00 em consumo no evento!!!!!

Que legal foi ver a unanimidade em votos para Dayanna e Douglas.


Um sucesso onde nem a mídia arriscou a ficar de fora!



- MGTV 1ª edição de ontem:

- jornal da alterosa (https://www.youtube.com/watch?v=w8pmA-16vHE&sns=fb);
- Record. Possivelmente Balanço Geral de amanhã de manhã;
- Jornal O Tempo (http://www.otempo.com.br/…/festivais-gastron%C3%B4micos-agi…).


Que venham outros eventos tão lindos quanto este!



Vamos patinar juntos!


Poliana Bueno
Administração BHRoller
#VamosPatinarJuntos
bhroller

segunda-feira, 15 de junho de 2015

RESENHA GINCANA DO APRENDIZADO COLABORATIVO

Debaixo de um Céu imaculado de domingo o Mineirão ganhou muita vida com 20mil pessoas circulando, comendo e patinando. BH Roller gastrô é como chamamos nossa jornada culinária e fitness do dia em que também tivemos uma SUPER GINCANA DE APRENDIZADO COLABORATIVO.

Depois de enfrentar filas de gente que, mesmo debaixo do Sol, não desistiu de experimentar as iguarias do domingo, fomos patinar, aquecer, treinar e divertir até o grande momento!! às 16h começamos a nos reunir e logo éramos muitos!

Os administradores do grupo propuseram uma dinâmica e todos compraram a ideia. Divididos em três grandes grupos ( Super Básico, básico e intermediário ), os patinadores tiveram que preparar uma apresentação curta e criativa que desafiasse o seu nível de patinação. Eles teriam que escolher uma manobra ou um conjunto delas e assegurar-se de que todos do grupo a fariam com sincronia, alegria e segurança. Nesta atividade todos aprendem e se ajudam, e a diversão é garantida. Confiram os vídeos das apresentações.


Patrick Bonnereau
Instrutor de Patinação
#VamosPatinarJuntos
bhroller

domingo, 14 de junho de 2015

RESENHA MARATONA URBAN básico

O sábio ditado sempre tem razão: "há males que vêm pra bem". Não é que nosso urban que terminou em pizza foi inesquecivelmente divertido? Com direito a dança na chuva, karaokê e noite de autógrafos, essa nossa noite vai ficar na memória.

Ansiosos pela primeira edição da maratona BH ROLLER URBAN para iniciantes, os patinadores debutantes já se alvoroçavam quando a chuva ameaçou chegar. Patins emprestado, vovó olhando as crianças e esquemas de carona começaram a ser ameaçados pela possibilidade de o chão molhar. Não queremos estragar o patins, e teríamos que engolir a vontade de patinar caso chovesse.... e choveu. 

Mas não foi nada! Debaixo da garoa que caia sobre o chão encharcado do dia chuvoso os patinadores super animados dançavam e cantavam em nosso ponto de encontro. Sidney Magal, Terrassamba e Araketu estiveram no repertório divertidíssimo daqueles primeiros minutos de concentração para a festa que só começava. Até um casal que corria sob a chuva quis se entrosar quando passava, não resistindo a tentação de dar uma dançadinha com o trote ritmado.

Depois de dançar e coreografar bastante decidimos comer uma Pizza, seguindo a sugestão da Poli: Pizzaria Mamadeira (será que ouvimos bem?). E começa a noite de autógrafos! Vazia por causa da chuva, a Pizzaria se encheu de alegria em instantes com a nossa chegada. Muitas risadas, ideias bacanas, fotos divertidas e iluminação profissional com lanterna de celulares para os cliques oficiais. Os administradores se sentiram celebridade enquanto assinavam suas belas fotos na revista Encontro em que saíram estampados em nada menos que DUAS PÁGINAS inteiras sobre a febre dos patins. 

Com risadas de doer o queixo e muita criatividade nas brincadeiras, o grupo pequeno conseguiu criar uma onda deliciosa de alegria e unidade. Dizem que, quando gostamos muito de alguém, queremos que esta pessoa sinta aquilo de bom que queremos sentir. Nossas experiências chegam a ficar até mesmo incompletas se não são as compartilhamos com elas. A vontade expressa nas conversas era de que seria muito bom se todos aqueles que desistiram pudessem estar lá conosco. Linda demonstração de que cada pessoa conta.

Esperamos que as boas experiências com gente bacana em momentos saudáveis inspirem cada um de nós. E que procuremos sempre as experiências vividas de verdade: Sol, chuva, vento, frio, quente e patins. O BH ROLLER agradece a todos os que se esforçaram para participar dessa abertura que é tão importante para nós. Aos que não conseguiram chegar, esperamos vê-los em nossos próximos eventos.

Vamos Patinar Juntos!

Patrick Bonnereau
Instrutor de Patinação
#VamosPatinarJuntos
bhroller

terça-feira, 10 de março de 2015

RESENHA AULA 10/03/15

Em plena terça feira uma pessoa poderia se sentir culpada em ser tão feliz patinando pela cidade depois de atingir a idade adulta e tendo o compromisso de pagar as suas contas. Sim, os adultos… Mas o patins recupera dentro de nós a criança livre e criativa que não se importa com as regras feitas pelas pessoas para guiar nossa consciência. Desde que não façamos mal a ninguém, nossa alegria é legítima. O cuidado que temos com nossa saúde física e mental quando patinamos é sagrado e se torna uma semente que plantamos agora para colher no futuro. Tenho certeza de que pessoas que patinam têm potencial para serem mais felizes.




DAISY chegou uma hora depois do seu horário com seu Twister novo. O trânsito dificultou sua chegada, e as meninas já até tinham chegado. Aliás, Simone, que era a aluna das 20h, estava lá às 18:30!! Com isso, nossa aula teve apenas 20min de duração, e assim mesmo, com a permissão das meninas, que iam te que se estender na Barragem para compensar. Mas foram 20 minutos muito produtivos! Sem tempo par aquecimento ou teorias, fomos direto patinar. Daisy já tem autonomia há muito, sobretudo depois de ter enfrentado bravamente os 22km do Roller Rio debaixo de sol da Cidade Maravilhosa. O negócio agora é trabalhar a simetria da bendita curva que ela só faz para um lado e melhorar a frenagem. Sem problema de pisada e sem mancar, sua patinação está bem melhor como seu Rollerblade Twister novo, mas seu apoio de perna esquerda é mais fraco que o direito. Isso faz com que, e em situações de cansaço ou subida ela acabe mancando um pouco. Depois de alcançar o morro a primeira descida foi muito desengonçada. Achamos que Daisy pode fazer muito melhor, então subimos novamente e refizemos o trecho. Aí sim! O encaixe frontal, com a concentração dessa vez, funcionou. Daisy precisa melhorar a eficiência do encaixe frontal, ou seja, que ela faça menos força e freio mais. Mas sua estabilidade na posição foi muito boa, o que é promissor. Chegando no pé do morro foi a vez da vassourinha. Ansiosa para fechar o movimento, Daisy estava indo com o pé atrás antes de conseguir se estabilizar no pé da frente. O trabalho foi mais de timming do que de força ou técnica. No final das contas, ela já estava fazendo a manobra, e até fez duas com muita estabilidade. No retorno ela treinou um pouco de abertura, rotação coerente e apoio de uma perna só. O tombo de bunda que ela tomou no treino do T a deixou um pouco insegura, mas a descida com a pendurarão recuperaram toda a sua confiança, e durante a aula da Rebeca até arriscou um treinamento pesado e repetitivo. Está de parabéns nossa patinadora!!!

REBECA é atleta. Isso faz toda a diferença, já que patins é um esporte que existe consciência corporal e isometria. O aquecimento foi bem rápido, e não precisamos de muito. Rebeca tem resposta muito rápida a tudo o que propomos, e tem firmeza no corpo todo na hora de encontrar uma posição de equilíbrio. Mas o seu medo é tanto que, se não tem a minha mão ali, mesmo que ela não a utilize, as manobras simplesmente não saem. Então começamos com uma pequena volta na barragem, onde controlamos o apoio de um pé só durante a descida e o encurtamento das pisadas na subida. É muito comum entre pessoas fortes, a patinação que eu chamo de “patinar na marra”. O patinador garante a rigidez na estrutura esquelética e afasta as pernas para aumentar a margem de segurança. A patinação se torna sofrida e esteticamente ruim, mas aparenta segurança. Na descida tivemos encaixe frontal DUAS VEZES. Na primeira vez ela estava insegura e não tinha entendido a manobras. Subimos para fazer novamente, e ela fez direitinho. Novamente colhendo os frutos de seu trabalho contínuo com o corpo, Rebeca teve grande facilidade em segurar o peso do corpo. Aproveitando o platô de baixo, fomos treinar a frenagem em T. Rebeca já sabia fazer a meia lua, e isso foi um problema. Toda vez que ela abria o quadril para fazer a frenagem em T, acabava fazendo do pé avulso um pivô e girava em torno do pé, fazendo a meia-lua. Mas o importante é que ela sabe se virar em caso de precisar parar, e isso e muito bom. Com o tempo vamos refinando e separando uma manobra da outra, ate por que cada uma tem sua própria vocação de ação. Chegou a hora de aprender a pisada de segurança ( apoio unilateral” ). Usamos a pequena vala de tijolos por onde a água da chuva escoa. Na primeira passagem, Rebeca deu um pulo sobre o obstáculo, e o fez com pânico. Na segunda ela também estava em pânico, mas não pulou por que eu pedi. Da terceira em diante, tendo entendido como funciona a posição das pernas e a versatilidade do apoio unilateral, ela fez direitinho, e foi um festival de travessias de todo tipo de chão quebrado e valas que apareciam em nossa frente. Isso foi um grande indicador de que Rebeca estava ficando pronta para passeios urbanos, que são um grande prazer a se viver com os patins nos pés. Terminada a volta, lá fomos nós para o primeiro Urban da Rebeca. Tudo começa já com uma escadaria, que é para quebrar o gelo. EM seguida longa calçada estreita com pavimento horroroso e direito a um ponto de ônibus no caminho. Para quem se apressar em reclamar da subida, logo vem a descida com pavimento igual, mas sem espaço para manobras como zigue-zague ou encaixe frontal…. resta a frenagem em T. Mas não tinha carro e passamos direto, descendo a calçada e enfrentando várias transições de pavimento em série em uma única esquina. Rebeca deve ter rezado para todos os santos nessa hora, mas tenho certeza de que ter sobrevivido a isso a deixou muito mais confiante para o que viesse de mais simples, rs. Subimos em direção ao São Bento pela mão, encostando quando os carros vinham e trabalhando uma patinação eficiente e elegante enquanto cumprimos o trajeto de cerca de 4 quarteirões morro acima. Na volta, descemos fazendo reboque traseiro, que é um objeto raro nas aulas. No reboque traseiro eu ofereço minhas mãos por trás, à altura da cintura, e não vejo como o aluno está se virando. A principal desvantagem dessa técnica de auxílio é a de que não posso me antecipar ao erro ou desequilíbrio de meus alunos. Mas as duas principais vantagens compensam o risco: em primeiro lugar, o aluno pode observar o que eu faço em cada situação, e copiar exatamente cada posição de cada parte do corpo. Isso não é possível quando o instrutor patina de costas, já que os movimentos da patinação de costas são incompatíveis com os de frente. E a segunda vantagem é a economia de energia e a segurança, já que o instrutor pode patinar para frente, reduzindo os riscos de colisão. Com roupa de patinadora artística, Rebeca fez um grande sucesso por onde passou. Se patins já é uma coisa que as pessoas ficam com vontade quando vêm alguém patinar, imaginem quando Rebeca passa feito uma boneca? Para encerrar a aula, depois de descer o grande platô de descida fazendo grande zigue-zague fomos para o estacionamento treinar o arremate, que é uma manobra de finalização de frenagem. A gente vinha correndo e, de repente, fazia uma curva fechada de alto desempenho seguido de uma meia lua firme e estável, parando completamente. REBECA é um sucesso no patins.

SIMONE estava de pé em cima da grama há mais de uma hora, tempo em que estava com os patins nos pés. Cheguei a dizer que ela estava parecendo árvore até mais que a própria árvore daquele jeito. Simone é magra, leve e forte. Mas seu pânico era visível em cada músculo, tenso e trêmulo. Tirada do estado de vegetal em que se encontrava na última hora, Simone começou a arriscar os primeiros passos. Na medida em que foi vendo que não caia, que estava segura, e que dava conta, sua sensação de que ia morrer a qualquer momento foi dando lugar à vontade de aprender e superar tudo aquilo. Rápida na resposta e muito esperta, Simone assimilou tudo em pouco tempo e logo começou a se deslocar sozinha. Bastava um toque e ela já interiorizava as ideias da aula. Segurando o ombro em cima e trocando o padrão de pedestre pelo de patinador na hora da remada, Simone começou a patinar corretamente em menos de 15 minutos. Com algumas idas e vindas pela subida do estacionamento já era chegada a hora de trabalhar o “abre e fecha simétrico”, em que as pernas se abrem e se fecham guiadas pelo joelho. Esse movimento é a chave para várias manobras essenciais, e fazê-lo bem torna a patinação promissora. A cada nova subida do estacionamento ela levantava mais o peito e ganhava mais segurança, até não haver mais o que corrigir em sua postura. Ainda nessa aula, o que me deixou absolutamente impressionado, Simone aceitou o desafio do abre-e-fecha ASSIMÉTRICO, ou seja o embrião das curvas de alto desempenho! De representante da fauna da Zona Sul ela passou a uma patinadora querendo se tornar intermediária! Com perfeição, embora assistida, ela conseguiu fazer as curvas para os dois lados. Só não se pode dizer que ela estava pronta por que, embora não usasse a mão do instrutor para nada, não conseguia nem sair do lugar se ela não estivesse lá. Seu medo, então, é seu grande desafio daqui para frente. Muito sucesso nessa patinada que começa aqui, Simone!

E chega o final do dia com a sensação SEMPRE maravilhosa de que três lares receberão pessoas melhores naquilo que saíram de casa para buscar. Não canso de ser apaixonado pelo processo de aprendizado, e o patins não cansa de me encantar com seus resultados. Parabéns, meninas, e obrigado pela companhia!! <3

Patrick Bonnereau
Instrutor de Patinação
#VamosPatinarJuntos
bhroller

sexta-feira, 6 de março de 2015

RESENHA AULA 06/03/15

Num dia bonito chego a achar que é pecado abrigar-se muito do Sol. Me sinto como se estivesse ouvindo música alta no fone de ouvido em plena execução de uma peça em um teatro. O privilégio de patinar nessas manhãs maravilhosas em tão boa companhia é algo por que terei eterna gratidão. Com direito a engavetamento e show de ski, a aula de hoje foi, como sempre, surpreendente e deliciosa.


BEBÉH e ROBERTA estavam assentadas no jardim e conversando animadamente quando cheguei. Acho lindo essa vontade de patinar que minhas alunas têm e que me contagia. Bebéh estava estreando o seu SEBA nesse dia, e precisou de um breve aquecimento para entrar no ritmo. Beber, que sempre pisa de calcanhar, começou a descida com uma certa insegurança, já que toda hora perdia o equilíbrio para trás. Mesmo assim, agora que tem um SEBA de carcaça rígida, sua pisada está certinha, e só resta mesmo um pouco de consciência corporal que a ensinará a transferir a carga um pouco mais para frente e tirar o peso do calcanhar. Beber, que é leve e tem força razoável, tem respostas rápidas e patina bem na maior parte do tempo. Engraçado é que, de repente, sem que ninguém esteja esperando, ela desmonta de um jeito que parece que tomou um choque e desmaiou. Não sei se começo a rir ou se ajudo ela, rs. Toda vez que ela começa cair ela vai até o chão, independente do apoio estar firme. Roberta esteve conosco durante toda a aula. Ela aproveitou a oportunidade para treinar a remada. Patins bons como o SEBA têm o inconveniente didático de serem tão macios que não carecem de movimentos adequados para deslizar. Só mesmo uma subida para aperfeiçoar os movimentos. Bebe tem uma dificuldade com lateralidade que fomos resolver só no final da aula. Quando a gente tinha que levar o peso para a perna esquerda, por exemplo, ao invés de levar o corpo para a perna, ela isolava a perna que parecia que ia joga-la na lagoa. No final, com as muitas tentativas que fizemos, ela finalmente entendeu. E na subida ela surpreendeu! Levou cerca de dois minutos pelejando sem sair do lugar… mas assim que conseguiu entender o movimento, subiu com leveza e rapidez, a ponto de ter que pedir para ela ir mais devagar para elaborar mais o movimento. Roberta fez o trecho todo! Brilhou! Raramente ela se segurava em mim ou na Bebéh, e sempre se virava. Bebéh precisa ficar mais serena. Sua ansiedade atrapalha sua concentração e a torna desatenta. O patins está sendo um ótimo exercício. Na descida forte Roberta bem que tentou vir sozinha. Quando viu que não ia dar conta logo avisou que ia segurar no quadril de Bebéh. O que Bebéh não esperava era o engavetamento com direito a conchinha que as duas arrumaram na embolaria de tentar não cair. E novamente tive que escolher se ria ou se acodia. No Platô fomos treinar o apoio de uma perna só. Usando o apoio unilateral Bebéh passou duas vezes pela calha de tijolos ou “Rego da Roberta”. Tivemos até a platéia com um senhor que elogiou a evolução da roberta desde a aula anterior. Na descida até o final do trajeto, trabalhando administração da velocidade, e no estacionamento as curvas como “abre e fecha assimétrico”. Dessa vez tivemos um pouco dificuldade com coordenação, mas descobrimos que beber faz curvas para a esquerda lindamente. Quando as curvas já estavam se saindo bem, já emendamos o arremate com a meia lua. As curvas de alto desempenho de Bebéh eram sempre muito bruscas, como são quase todos os movimentos dela quando está aprendendo. Precisamos serenar essas manobras para diminuir seus riscos. Por fim, muito mais firme e à vontade com o patins, Bebéh já mostrou que não demora a estar passeando sozinha por aí!

Em seguida chegou a CLÁUDIA, com um patins melhor do que o que estava usando antes e muito animada. Já no começo da aula ela mostrou que tem uma flexibilidade sensacional! Sua perna rotacional tanto que ela foi uma das poucas alunas capazes de fazer o encaixe frontal sem esforço. Passamos por obstáculos com tranquilidade e patinamos com calma. Cláudia estava super centrada e não oferecia  dificuldade com medo ou travamento. Mas, como a Bebéh, Cláudia tem pisada de calcanhar, o que a torna vulnerável às quedas para trás. Trabalhamos isso com cuidado e firmeza, já que é uma questão de segurança de extrema importância. Nas remadas ela não teve dificuldade com as pernas, nem por força nem por encaixe. Cláudia estava suada por causa do calo e do trabalho aeróbico. Com o corpo bastante exigido, mas com muita disposição, Cláudia conseguiu ter uma aula pesada e semblante leve. Como poucas são capazes de fazer, Cláudia teve a capacidade de aprender a técnica com atividades pesadas mas, ao mesmo tempo, curtiu a aula. Cláudia também consegue fazer algo parecido com meia lua. Por que suas pernas são bem fortes, ela fazia um jogo de força com a parte interna da coxa, não deixando o patins ter velocidade suficiente para a meia lua. Com muito custo ela foi soltando desse tipo de apoio e dando lugar ao deslizamento de lado que a manobra proporciona. Cláudia também passou bem pelos tijolos. Sua coragem ajuda muito! Na descida para ir embora fomos trabalhando troca de base e encaixe frontal. Para finalizar a aula fizemos uma sequência de curvas e Cláudia deu o show de primeira. Investigando o que poderia ser responsável por tamanho sucesso tão rápido, descobri que ela praticou Ski, e que, portanto, tinha a memória dos movimento de curva de que precisamos. Depois de subir toda a escadaria sem problemas, fomos para o platô aplicar as curvas, e novamente um Show de Ski. É preciso comentar que num desses atrevimentos de fazer as manobras sozinha, ela virou para o lado errado e quase que embolamos descida abaixo.A aula foi encerrada com arremate de meia lua e Cláudia cumpriu, ainda com supervisão, o conjunto básico de manobras que considero essenciais para quem quer patinar por aí sozinho. EM apenas duas aulas ela avançou MUITO, e estou impressionado.

MÁRCIA, irmã da Cláudia, chegou com filhas e marido. Ela, que tinha cancelado a aula, acabou conseguindo chegar e animou enfrentar o Sol. Calçou o patins e logo sentiu aquela primeira sensação que todos têm quando colocam o patins no pé: está tudo solto, o que eu faço com essas pernas? Sua patinação era primitiva e engessada. Sua postura não era ruim, mas o medo a fazia arquear bem. Bastou uma breve observação e Márcia já estava de pé, postura correta e pernas firmes. Márcia é atleta, malha e é muito leve. Isso facilita muito as coisas, embora o medo ainda seja uma barreira para enfrentar. Ansiosa na patinação, ela trocava de pernas muito rápido e tinha um tempo muito curto de permanência em uma perna só. Trabalhando a calma e a consciência do pé de carga, isso foi melhorando rapidamente. Em apenas UMA AULA indo e vindo na rampa do estacionamento fizemos a patinação para frente, troca de base, sustentação de um pé só feito aviãozinho e finalizamos com meia lua. INCRÍVEL! No final, ela só precisava de mim para coloca-la no eixo e puxar para dentro da curva. No mais ela fazia tudo sozinha no final da aula. Sua filha mais nova, a Liz, se inspirou na mãe, embora andasse melhor que ela, e a mais velha deve ter ficado balançada com o patins, embora parecesse gostar muito de pedalar com o pai. Espero ver em breve outra família unida no patins!

Saindo no meio do dia com o Sol forte na cabeça estava pronto para outra. Obrigado, meninas, pela companhia nesta manhã, e parabéns pelo talento e esforço!

Vamos patinar juntos!

Patrick Bonnereau
Instrutor de Patinação
#VamosPatinarJuntos
bhroller