segunda-feira, 19 de março de 2018

Primeira Volta da Família 2018




Primeira Volta da Família 2018

Parem todos o que estiverem fazendo. É muita emoção em uma história para ouvir com um ouvido só! Foram somente 4 horas de passeio, mas foram 50 pessoas vivendo cada detalhe com suas particularidades. Seria lindo poder sentir tudo o que todos sentiram em um turbilhão sinestésico, mas o ser humano não está preparado para isso e talvez seja por essa razão que a telepatia não tenha sido dada os normais. Não é qualquer motivo que tira 50 pessoas da cama cedo o suficiente para chegarem às 7h da manhã no parque ecológico, mas o que vivemos nesse domingo é de tirar o sono de muitas noites sem pesar.





Com o céu azul e acidade literalmente lavada pelas chuvas, o café da manhã foi uma experiência estética de entrada que já valeria tudo por si. Pães, frutas, suco, castanhas, pães de queijo, passas, biscoitos, gelatina e MUITO CARINHO na recepção dos famintos patinadores. Sob o Sol da Pampulha, os 50 participantes recebiam seu kit cuidadosamente personalizado que vinha com um certificado de comparecimento, um saquinho de amendoim para mais tarde, um bracelete refletor para proteção, uma fita identificadora, um adesivo do BH ROLLER, um saquinho de tecido especialmente produzido com a fitinha verte-abacate e um adesivo com o nome do participante para ele se identificar por questões de segurança.

Compartilhando nosso café da manhã, presenças ilustres:

DJ PATINADOR LEANDRO PESSOA, grande atleta mineiro, campeão de velocidade, instrutor de patinação e inspirador de legiões na patinação mineira. Dj foi convidado para dar as instruções de segurança do evento.

RODINHAS INLINE vieram completar seu imenso apoio a todo processo da organização do evento montando o café da manhã, instalando as mesinhas e ajudando os participantes a se equiparem.

ANDRE SILVA, nosso enfermeiro, tomou café conosco e já foi se enturmando. Simpático, prestativo e proativo, somou DEMAIS em nossa caminhada (ou patinada) do dia.

MARCOS e DANIEL não são uma dupla sertaneja, mas certamente fizeram um excelente duo de apoio aos participantes. Instrutores experientes, os dois foram contratados para dar apoio aos participantes, mas se divertiram como todos os outros, desde o café da manhã.

E foram chegando os minutos finais do café. O sentimento era tão intenso no meio dos 50 corações e mentes que foi difícil captar pedacinhos para relatar aqui. Tinha medo do começo, ansiedade para a largada, terror do tamanho da volta, emoção do enfrentamento dos medos e tudo mais. O movimento mental era tão intenso com a chegada da hora que quase se podia ouvir a vibração ali!

Se não fossem as mãos e braços instantaneamente solidários de toda aquela massa verde abacate, não seria possível haver superação de tanto medo e ansiedade de nossos patinadores iniciantes intrépidos. Mas o grupo não se perdeu na individualidade e em questão de minutos tínhamos não mais 50 patinadores, mas UM SÓ GRUPO. E foi LINDO ver a partida. O Sol não deixou que escorressem lágrimas, mas os olhos se banharam nelas na hora do "vai". Ninguém corria, ninguém parava. Era delicioso fazer parte daquilo e ninguém queria ficar sozinho. Era como sentir o que os pássaros sentem quando estão em revoada, inclusive pela sensação de liberdade que o patins traz como poucas coisas na vida.

Já no início o desafio da primeira descida, e já ali o grupo mostrou que podia fazer os 18km tranquilamente. Ninguém precisou dizer que precisava de ajuda! Triciclos, instrutores e colegas mais experientes se organizaram em rede e em minutos estavam todos do outro lado!

No caminho, paradas para água, uva e maçã. Protetor solar sempre retocado e revezamento intenso de carona no carro de apoio. Um ou outro tombo bobo e lá estava nosso enfermeiro André para dar assistência. Os mais cansados ficavam no carro entre uma parada e outra e logo voltavam ao chão para sua própria performance. Quem ficava para trás ganhava a mão dos nossos assistentes e quem chegava primeiro esperava ansioso o grupo se reunir novamente. Lindas fotos, lindo cenário e MUITO SOL. Não sabíamos dizer se estávamos mesmo nos divertindo porque era muita informação para pouco coração. Muito Sol, o calor das 10h da manhã e a tensão do trânsito dos carros sempre próximo. Mas era só parar um pouco para o sentimento começar a ser digerido. Com certeza tem patinador que está sentindo agora sua ficha cair...

Entre paradas e partidas, o grupo se esticava e se comprimia. Era como se fosse preciso ficar só para sentir a lacuna do outro. E quando já estávamos mais para o final que para a partida, mais uma profusão de sentimentos. Queremos mesmo chegar ou seria uma grande pena que isso tudo acabe? Decidimos que o destino nos esperava! E foi com balões nas mãos que chegamos TODOS JUNTOS ao local de partida.

Não era só chegada! Era descoberta e também partida. Retornar ao mesmo lugar depois de uma volta de 18km é como se ver em uma foto antiga e se dar conta de como amadureceu. Ninguém volta o mesmo depois de uma experiência como essa. Não havia feição que não estivesse radicalmente diferente, seja pelo cansaço, susto ou alegria. O Sol estava convidando o grupo a se despedir rapidamente, mas a sensação de despedida foi doída. A emoção estava tão ligada à presença de todos que era como se não fosse possível levar para casa sozinho aquilo tudo. Ainda bem que fizemos um lindo álbum com as fotos do que conseguimos capturar dessa manhã.

Não nascemos sabendo delimitar nossos sentimentos mais arrebatadores, e às vezes simplesmente demoramos um tempo para ser suficientemente feliz a partir de uma experiência muito intensa. Então, senhores patinadores-guerreiros, que a semana inteira seja de remoenda de cada momento. E que eles não se percam nunca, porque relembrar é viver!



Um comentário:

  1. Que legal! Eu não sei andar de patins mas estou com muita vontade de aprender! Vocês aceitam iniciantes nesses eventos?

    ResponderExcluir